SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Instagram, rede de compartilhamento de fotos do Facebook, apresenta instabilidade na tarde desta sexta-feira (8). Às 15h45, ele estava com um pico de mais de 1.500 reclamações no site de monitoramento Downdetector.
A queda ocorre quatro dias após o Facebook, assim como WhatsApp, Instagram e Messenger, ficarem fora do ar em diversas partes do mundo.
O apagão de sete horas da última segunda (4) foi um dos maiores da história do serviço -houve outros em 2015 e 2019, por exemplo, quando usuários ficaram sem acesso a serviços por quase um dia todo, mas na época a big tech tinha menos de 2 bilhões de usuários. O site de monitoramento Downdetector afirmou que foi a maior falha do tipo já vista pela plataforma.
Os efeitos da falha no serviço foram sentidos pela empresa no mesmo dia, quando as ações do Facebook encerraram o dia com retração de 4,89%. A Nasdaq, que reúne empresas de tecnologia, fechou com queda de 2,14%.
Em nota no final do dia, a empresa se desculpou pela ausência dos serviços.
“Para todos que foram afetados pela interrupção das nossas plataformas hoje: sentimos muito. Sabemos que bilhões de pessoas e negócios em todo o mundo dependem de nossos produtos e serviços para permanecer conectados. Agradecemos sua paciência à medida que voltamos a ficar online”, afirmou a companhia.
A explicação oficial do Facebook para a queda de segunda, corroborada por vários especialistas em segurança, aponta para um problema no BGP (Border Gateway Protocol, protocolo de borda).
O BGP opera como o Waze, aplicativo de mapas do Google: um protocolo que comunica a melhor rota para chegar a endereços na internet, com base em um cálculo que reúne vários fatores, como tráfego e distância de cada estrada.
Durante uma rotina de manutenção, um comando determinou, sem intenção, que todo o sistema ficasse offline. A ferramenta programada para barrar esse comando errado falhou, e o Facebook perdeu qualquer conexão com o resto do mundo, como se a estrada de dados que levasse a ele tivesse sido removida.