O JC ouviu os vereadores petista e democrata sobre possibilidade de deixarem siglas para disputarem a prefeitura em 2016

Favari Filho

Finalmente! Dilma Rousseff decidiu por sancionar a Reforma Política aprovada pelo Congresso Nacional. A matéria vinha sendo arrastada há algum tempo, contudo, assim que voltou de Nova York na última terça-feira (29) – onde participou de evento da Organização das Nações Unidas (ONU) –, a presidente tomou a atitude aguardada por políticos de todo o País. Entretanto, de todo o texto, a petista optou por vetar sete itens, incluindo o que permitia a doação de empresas à campanhas eleitorais.

Um ponto aprovado e que muda o cenário da política local é o prazo para filiação/desfiliação dos partidos, pois até as últimas eleições e, portanto, a regra que ainda valia oficialmente quando o Jornal Cidade abordou o assunto na semana passada, era a seguinte: para disputar de um cargo eletivo, o cidadão precisava estar filiado a um partido político com pelo menos um ano de antecedência das eleições e, caso já ocupasse um cargo eletivo e trocasse de legenda, corria o risco de perder a cadeira no Legislativo.

O JC ouviu os vereadores petista e democrata sobre possibilidade de deixarem siglas para disputarem a prefeitura em 2016
O JC ouviu os vereadores petista e democrata sobre possibilidade de deixarem siglas para disputarem a prefeitura em 2016

Ao sancionar o projeto, a regra agora determina que, para concorrer às eleições, o candidato deve estar com a filiação partidária deferida pela legenda no mínimo seis meses antes do pleito. Outro ponto é o que trata da perda do mandato daquele que se desfiliar sem justa causa. Agora, fica permitida a mudança de partido dentro dos trinta dias que antecedem o prazo final – de seis meses – estabelecido para a filiação com possibilidade de disputa na eleição, majoritária ou proporcional. O período deve se referir aos meses finais do mandato e, portanto, deputados podem mudar de sigla apenas em 2018.

RIO CLARO

Na Cidade Azul, dois possíveis pré-pré-candidatos a prefeito podem mudar de partido caso não sejam os escolhidos para a disputa eleitoral em uma decisão interna das agremiações a que pertencem, Agnelo Matos (PT) e Juninho da Padaria (DEM).

A reportagem conversou com ambos os vereadores no intuito de saber o que pensam da nova ‘janela de infidelidade’ e como estão suas situações nas respectivas legendas, uma vez que o deputado democrata Aldo Demarchi e a vice-prefeita petista Olga Salomão aparentam não endossar as candidaturas dos colegas, conforme matéria do JC do último dia 30, na qual Olga cogitou o seu nome para o pleito e Aldo enfatizou que quem decide é o partido.

Ouvido pela reportagem, Agnelo enfatizou que não vê a disputa interna de maneira que possa a prejudicar o PT, ao contrário, pois, com dois possíveis nomes, o partido mostra um elevado potencial de disputa. O vereador disse também que não pretende fazer uso da ‘janela’ caso não seja o escolhido para concorrer à prefeitura em 2016. “Não tenho intenção de sair do PT, uma coisa não tem nada a ver com a outra; já tive propostas de outras legendas, mas não me identifiquei com a conversa. Defendo a unidade com outros partidos, mas com o PT na cabeça de chapa.”

Juninho da Padaria, por sua vez e da mesma forma, diz que pretende continuar no DEM mesmo com a nova ‘janela’. O vereador acredita que o item da reforma recém-sancionado por Dilma não deve mudar em nada a sua opinião durante o processo eleitoral, que deve ser iniciado já no ano que vem. “Hoje tenho a convicção de que o nosso trabalho vem sendo reconhecido pelo partido e especialmente pela população, fato que fortalece o nosso relacionamento interno e nos credencia a ser apresentado como uma nova opção para a cidade, desta forma não tenho intenção de sair do partido.”

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