Carine Corrêa
Terminou na manhã desta terça-feira (27), o julgamento de Roberto Rodrigues de Oliveira. Os jurados decidiram pela absolvição do rapaz que matou o irmão tetraplégico, Geraldo Rodrigues de Oliveir, em 2011, no bairro Jardim Novo I em Rio Claro. A defesa de Roberto foi conduzida no plenário pelo advogado Edmundo Canavezzi. “Foi feita a justiça”, disse à reportagem do JC logo após o encerramento do júri.
A história dos irmãos Oliveira teve início em 2009. Em um racha – disputa de trânsito – Geraldo ficou tetraplégico. Ele também tinha um filho paraplégico, que hoje tem 12 anos de idade e, durante o período em que estava inválido, também perdeu outro irmão em um acidente de moto. Em outubro de 2011 ele convenceu o irmão a simular um assalto e depois matá-lo. Sem a possibilidade de se suicidar – ele não tinha o movimento do corpo do pescoço para baixo – planejou então com o irmão no dia 22 de outubro a simulação de um latrocínio (roubo seguido de morte).
Durante a defesa no plenário, Canavezzi desenvolveu sua argumentação com base na eutanásia. “A Constituição Federal prevê que todo cidadão tem direito a vida. No caso de Geraldo, viver era um dever, um fardo. Ele se considerava um peso morto e clamava pela morte todos os dias. Para ele, a morte era sua libertação”, disse aos jurados durante o julgamento.
Confira a matéria na íntegra na edição impressa do JC desta quarta-feira (28).