Luis Guilherme Walder de Almeida tem 26 anos e há dois reside no Canadá, onde estuda e faz carreira no violoncelo
Aos 26 anos, o jovem rio-clarense Luis Guilherme Walder de Almeira trilha uma história de sucesso a mais de 10 mil quilômetros da Cidade Azul, atualmente residindo no Canadá. E há cerca de dois anos no país, o violoncelista já concluiu seu mestrado, segue para o doutorado e participa de inúmeras apresentações com seu talento e dedicação à quarta arte.
Mas o amor pela música começou aqui, em Rio Claro, com um dos instrumentos mais populares entre os brasileiros: o violão
“Estudei na escola da Orquestra em Rio Claro, na cidade onde nasci e cresci e, como a maioria dos brasileiros, meu primeiro contato com a música foi com o violão. Tempos mais tarde, quando ingressei na escola da Orquestra, foi no violoncelo que encontrei minha profissão”, relata o jovem músico.
Luis conta que através do projeto da Orquestra acabou tendo contato com muitos instrumentos e, após esse início, recebeu convite para estudar em São Paulo.
“Na Capital passei por algumas instituições de ensino como Instituto Fukuda, a Escola Municipal de Música de São Paulo e após isso fui fazer meu bacharelado na USP. E dentro desse período na faculdade tive oportunidades maravilhosas, inclusive de me apresentar fora do país, onde passei a vislumbrar a oportunidade de continuar meus estudos no exterior”, conta.
Em 2019, no último ano da graduação, Luis Guilherme teve a oportunidade de participar de uma competição de violoncelo na Hungria e fez aulas com diversos professores e profissionais, entre eles Minna Rose Chung, que comentou com o jovem sobre a possibilidade de fazer o mestrado na Universidade de Manitoba, em Winnipeg, no Canadá.
“Prestei, passei em outras universidades e escolhi a de Manitoba. Foi um processo de muitas provas, muitos desafios e o que me ajudou muito nessa aprovação também foi um prêmio que recebi quando estava na USP, o ‘Olivier Toni’, concedido aos alunos de destaque no ano. Com tudo certo, chegou a pandemia no meu primeiro ano de mestrado, então acabou que foi necessário uma parte ser feita online e tempos depois segui para as aulas práticas no Canadá, em 2021. E desde o primeiro ano me tornei assistente da professora Minna Rose, passei a realizar diversas apresentações e no final do segundo ano de curso pude escolher seguir nos estudos ao invés de concluir o mestrado”, explica.
Nessa transição para o terceiro ano de estudo do mestrado, o jovem recebeu convite para ser músico fixo da Orquestra Sinfônica de Thunder Bay e tocou na temporada 2022 e 2023.
“Recentemente fui aprovado no meu doutorado e estou muito contente com tudo que vem acontecendo nesses últimos anos. Prestei o doutorado, passei em algumas instituições de ensino, mas escolhi cursar em McGill University, que é considerada uma das melhores universidades de música do mundo”, relata com alegria.
E as conquistas não param. Também por conta do seu talento e empenho, o jovem rio-clarense foi convidado a ser diretor de um festival de câmara no Canadá que existe há mais de 24 anos, após se apresentar.
Mas a saudade também fala alto, mesmo com tanto trabalho e sucesso.
“Com certeza a saudade é um peso que nunca diminui, ela sempre está aqui, mas vejo ela como uma coisa boa, pois é um sinal de um carinho que não se desfaz com a distância. Ao mesmo tempo, ajuda estar bem claro o motivo de eu estar aqui e essa justificativa é o que acaba me ajudando a seguir”, conclui Luis Guilherme.