Miloca é a mini casa adaptada especialmente para Leonor e Sandro Favarim. O casal tem a Kombi home há dois anos e fizeram todas as modificações necessárias para poder viajar Brasil a fora. Eles sempre gostaram de acampar, ingressaram como escoteiros no final de 2004 com os filhos e no decorrer dos anos de equipe de apoio,  passaram a chefes e ficaram até 2018. Nunca perderam o espírito aventureiro, mas para facilitar no dia a dia a Kombi foi uma aquisição pensada pelo casal, “a gente sempre tá procurando algo mais fácil e por coincidência, eu sempre vendo a parte de Youtube, achei um casal do Rio de Janeiro que tinha uma Kombi Home e aquilo me encantou bastante porque você tem tudo dentro da Kombi… sem montar barraca”, afirma Sandro.

Perfeita pra quem gosta de viajar, acampar e passear, a Kombi home virou uma tendência nacional. A Kombi Miloca tem toda a parte de móveis aéreos, geladeira, pia, fogão, sofá que vira cama para duas pessoas (tamanho 1,90X1,20) e o banheiro químico chamado porta pote que pode se usado tanto dentro da Kombi como fora quando eles montam o banheiro portátil. Miloca é do ano 2000, tem motor 1600, injeção eletrônica, refrigeração a ar, e nela foi adaptado placa solar por causa da bateria, para dar mais autonomia à Kombi. Quatro reservatórios de água com capacidade de 25 litros cada abastecem a Kombi, como diz Leonor “minimalista em tudo.”

O casal já viajou para vários lugares, Ubatuba foi a viagem mais longe. Em cidades da região participam de eventos de Kombis, todo evento que vão trocam selos com cada amizade nova que é feita, Miloca já tem mais de cinquenta selos colados na sua lateral. Sandro e Leonor já participaram de uns dez eventos, mas para Leonor o melhor deles aconteceu agora em agosto no Anhembi, em São Paulo, onde cerca de 500 Kombis estavam presentes. Segundo Leonor os filhos também gostam dessa vida aventureira e quando podem, acompanham os pais: “eles são engajados nessa vida de viajar, de acampar, de passear, ir para a praia, para o mato, para o campo… mas dentro da Kombi eles não conseguem ficar, então eles ficam em uma barraca do lado da Kombi porque não tem como os quatro dormirem numa Kombi.”

Escolheram a Kombi não apenas por questões financeiras, mas também pela magia dela “a Kombi é mágica, ela é muito bacana e onde chega ela encanta, principalmente foi o que aconteceu com a gente, então foi amor à primeira vista, tinha que ser a Kombi” afirma Sandro. O nome Miloca é uma homenagem que Leonor deu à sua avó Emília, Leonor explica que o avô materno, Dante Egréggio, foi um comerciante muito conhecido em Rio Claro e teve seu nome batizado numa escola municipal no bairro da Vila Paulista. Era cego, mas conhecia as notas pelo tato e lia braile e, segundo Leonor, foi um grande homem, “mas por trás de um grande homem sempre tem uma grande mulher, aí como o meu avô já tinha o nome dele na escola eu falei nada mais justo do que dar o nome de Kombi Miloca em homenagem à minha avó que é o apelido dela,” fala Leonor emocionada.

O casal ainda tem planos futuros, pretendem um dia descer com a Kombi Miloca até a cidade de Ushuaia, na Argentina, e vir conhecendo toda a América do Sul. Leonor também tem o sonho de ir pra Urubici em Santa Catarina para conhecer os diversos campings que existem por lá.

No Brasil não existirem dados oficiais da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) sobre quantos motorhomes são registrados, mas empresas que fazem customização e venda de Kombi home garantem que houve um aumento na pandemia.

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