Carine Corrêa
Durante apresentação de requerimento do vereador Agnelo Matos sobre a situação de moradores de rua em Rio Claro, a vereadora Maria do Carmo se manifestou a favor da proposta, mas deu uma declaração polêmica.
“Enquanto não dermos tarefa para esse pessoal fazer, eles vão ficar do jeito que estão. Eu sou assistente social e sei que muitos não irão concordar. Não quer ficar em Rio Claro, põe em um carro e leva para uma cidade próxima. Não dá para aguentar mais essa situação”, discursou a vereadora na sessão camarária de segunda-feira (4).
Nessa terça (5), a vereadora foi procurada e voltou a defender sua posição. “Temos que ser mais decisivos com relação aos moradores, em darmos algo para fazer aqui no município e não ficarem sem fazer nada. Caso não queiram, a solução é dar a passagem para prosseguir viagem. Se cobramos que todos devem deixar a cidade limpa e trabalhar, devemos cobrar deles também”, frisou.
Pela proposta, argumentou também o vereador Anderson Christofoletti, ao enfatizar que a questão envolvendo pessoas em situação de rua é um problema muito mais de ordem social do que de segurança pública. “A raiz do problema são as drogas”, enfatizou em sua fala.
O vereador Julinho Lopes defendeu que não adianta votar em subvenções, se não houver soluções. Já Raquel Picelli lembrou a criação da Frente Parlamentar de Apoio aos Moradores de Rua.
“Ano passado, a Secretaria de Ação Social, junto com a Saúde e Fundo Social, se comprometeu a apresentar nesta casa um Plano Municipal de Intervenção para trabalhar com esses indicadores. Embora exista uma política higienista de que morador de rua não pode ficar na cidade, tem por outro lado a questão do usuário de drogas, que precisa ser trabalhada”, finalizou.