Vivian Guilherme
Foi no começo deste ano que a história de Karen Isler ganhou as páginas do jornal. Ela pedia ajuda para o filho adotivo Moisés, de 5 anos, que tem microcefalia e sofre de epilepsia de difícil controle. Além de Moisés, Karen é mãe biológica de Kariely (9 anos), Josué (1 ano e 7 meses) e está grávida de sete meses de Isaac.
Questionada sobre o que mudou em sua rotina com o nascimento dos filhos, Karen exclama: “tudo!”. Ela conta que hoje são quatro vidas sob seus cuidados. “Não sei se posso dizer que meus sonhos mudaram, porque estou vivendo o que eu sempre sonhei, desde pequena sonhava em me casar, em ter muitos filhos, em adotar… e é exatamente isso que tenho vivido.”
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O sentido de ser mãe
Exemplo de altruísmo, Karen Isler deixou um recado às mamães, segundo ela, com o intuito de encorajar a todas a focarem “no que realmente deve ser prioridade em nossas vidas”. Veja o relato:
“Meus filhos me permitem ter a oportunidade de vencer, diariamente, um dos meus maiores defeitos: MEU EGOÍSMO!
Meus filhos me mostraram que sentar sozinha na frente da TV para assistir um bom filme, não é tão importante quanto sentar no chão para empilhar blocos coloridos…
Que sair pra fazer compras no shopping, não é tão importante quanto brincar (e se sujar!) num parquinho…
Que gastar dinheiro com roupas e sapatos caros, não é tão importante quanto usar esse dinheiro pra algo que eles precisem…
Que passar cremes antirrugas caros, não é tão importante quanto deixar que eles passem tinta colorida em meu rosto enquanto nos divertimos…
Que ter uma carreira profissional, não é tão importante quanto estar todos os momentos ao lado deles, acompanhando cada descoberta!
Que comer em um restaurante caro, não é tão importante quanto fazer um piquenique na pracinha…
Que ter as unhas sempre bem feitas e pintadas, não é tão importante quanto encontrar massinha grudada nelas depois de uma tarde de brincadeiras…
Me mostraram que ter uma noite tranquila de sono, não é tão importante quanto acordar várias vezes durante a noite para dar de mamar, ou talvez oferecer apenas colo logo após um pesadelo…
Foram meus filhos que me mostraram que ter a casa limpa, em silêncio, ser uma profissional bem sucedida, ter a carteira cheia de dinheiro, definitivamente NUNCA será tão importante quanto ser MÃE!!!”
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