Sentir medo ao entrar ou sair de casa por conta do mato alto e da falta de segurança, ter que lidar com o aparecimento de animais peçonhentos, problemas com entulho de terceiros e, claro, tentar encontrar uma solução para tudo isso.
Essa tem sido a vida de diversos moradores da Rua P-8, na Vila Paulista. Maria Oliveira, Cássia Segala, Marcos Oliveira, José Silva, Luiz Costa e demais moradores estão preocupados com tudo o que vem acontecendo desde 2019 na região onde vivem.
“As casas foram derrubadas e os terrenos abandonados e aí virou essa situação desde 2019 e só tem piorado. Não sabemos mais para quem pedir ajuda”, disse uma moradora.
O problema, segundo Maria Oliveira, cresce há tempos. E recentemente todos estão ainda mais assustados, pois conseguem ver pessoas saindo e entrando na área de mata.
“Passamos a observar essa movimentação e estamos preocupados, temos nossas casas, nossos filhos que voltam da escola, crianças e realmente não sabemos a quem recorrer. Sem falar na quantidade de animais peçonhentos que surgem nas residências e precisamos estar atentos”, explica.
Outro ponto abordado é o despejo de entulho de terceiros nos terrenos abandonados do bairro.
“Caminhões despejaram entulho de outras construções nos terrenos aqui no bairro”, relata a moradora.
ÁREA VERDE
Um segundo ponto que tem causado transtorno para moradores da região é uma área verde localizada na Rua 11, no Jardim Novo 2.
De acordo com a moradora Júlia Della Torre, no espaço em que passa um pequeno córrego e liga o bairro até o Parque dos Monstros, os cuidados antes vinham por parte dos moradores vizinhos, “mas com o mato tão alto, fica impossível até mesmo de carpir”, fala.
Questionada, a prefeitura municipal informou que ‘limpeza dos terrenos particulares é de responsabilidade dos donos. Quando eles não fazem o serviço e o terreno é aberto, a prefeitura realiza a limpeza e envia conta ao proprietário. Nesse caso o serviço é feito quando as equipes de manutenção estão trabalhando na região dos imóveis em questão. A prefeitura reforça que o município tem estrutura para o descarte correto de lixo e entulho – coleta de lixo domiciliar, coleta seletiva, cata-bagulho e ecopontos. Não há motivo para se fazer o descarte incorreto de materiais”.
Sobre a área verde, “quando se trata de área pública, o município realiza periodicamente serviços de limpeza e corte de mato. Em razão da grande quantidade de chuvas e maior incidência de luz solar neste período do ano, a vegetação cresce de maneira acelerada”, diz a nota.