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A ministra do Turismo, Marta Suplicy, recebeu na segunda-feira, 14, no Gabinete da Presidência da República, em São Paulo, o projeto do Memorial Ulysses Guimarães. O encontro com a ministra reuniu o prefeito de Rio Claro, Du Altimari, a vice-prefeita Olga Salomão, o presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Ruy Fina, e o secretário municipal de Governo, Marcos Pisconti Machado.
Ao entregar o projeto, Altimari afirmou que Ulysses é o que se pode chamar de uma unanimidade nacional. Em todas as esferas políticas, em todos os segmentos partidários, prevalece o consenso de que Ulysses foi um dos homens mais importantes na consolidação da democracia brasileira, um baluarte na defesa dos cidadãos e do aperfeiçoamento das instituições políticas, acrescentando que o homem que promulgou, da tribuna do Congresso Nacional, a Constituição de 1988 foi um dos maiores estadistas da histórica da República. A ministra também reconheceu a importância da trajetória do rio-clarense Ulysses na vida política brasileira: Ulysses não é apenas história, é a história do Brasil, e sempre tive enorme carinho e admiração por ele. A entrega do projeto do Memorial à ministra assinala um momento ímpar na evolução desta importante reivindicação rio-clarense. Cumprimos todas as etapas para que o projeto saia da prancheta e se concretize numa obra que fará justiça à memória do Dr. Ulysses, observou o prefeito, ao solicitar o empenho da ministra na realização deste objetivo.
Segundo Marta, a proposta deve avançar. Ela se prontificou a encaminhar o projeto ao Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), de cujo aval a proposta necessita para o pretendido enquadramento nos benefícios previstos na Lei Rouanet, de incentivo à Cultura, que permite a injeção de recursos da iniciativa privada na construção do Memorial, garantindo a dedução dessas aplicações no Imposto de Renda.
A ministra se propôs, ainda, a colaborar com o município por ocasião das tratativas com empresas visando captar recursos via Lei Rouanet. Quero ajudá-los também neste aspecto, frisou Marta.
O presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Ruy Fina, mostrou-se satisfeito com o resultado da reunião em São Paulo: Pudemos mostrar à ministra uma coletânea de fotos que dão um testemunho da caminhada política do Dr. Ulysses, e observamos que tudo o que se refere à trajetória deste ilustre brasileiro merece estar exposto num lugar de honra, um Memorial em Rio Claro, sua terra natal.
Ulysses tem um grande significado para a democracia brasileira, porque memória é história, como vimos recentemente, por ocasião da passagem dos 50 anos do golpe militar de 1964, nos tantos e impressionantes documentários e artigos que contaram e recontaram o que foram aqueles anos de chumbo, aquele período de gravíssimas violações dos direitos humanos e do Estado de Direito, registrou Olga Salomão.
Na avaliação do secretário municipal de governo, Marcos Pisconti Machado, a construção do memorial tem um apelo duplo, fato que, inclusive, foi lembrado à ministra Marta Suplicy.
O projeto do memorial é dos derradeiros trabalhos assinados por outro grande brasileiro, que nos deixou há pouco tempo: o arquiteto Oscar Niemeyer.
Para Pisconti, dois dos nomes mais consagrados da história contemporânea do Brasil estarão unidos nesta obra que, acima de tudo, celebra a democracia. Fernando Caseiro, arquiteto e consultor da Fundação Ulysses Guimarães para enquadramento do projeto do Memorial à Lei Rouanet, participou da audiência com a ministra do Turismo em São Paulo.