Apesar de boa parte do bairro receber asfaltamento inédito, alguns trechos ficaram de fora do projeto por estarem próximos ao leito do Rio Corumbataí
O prefeito de Rio Claro afirmou que a Secretaria Municipal de Obras busca soluções para resolver a “exclusão” do trecho das vias públicas que ficaram de fora do projeto de asfaltamento no bairro Nova Rio Claro. Parte da localidade está sob área próxima à margem do leito do Rio Corumbataí, o que impede novas obras. Ainda assim, a população dos trechos não contemplados pede por atenção do poder público. A obra tem valor aproximado de R$ 13,7 milhões. São 50 mil metros quadrados de pavimento asfáltico.
“Fizemos um estudo, demorou um ano e dois meses para terminar. Ainda falta um desafio, que é o último quarteirão que margeia o Rio Corumbataí. No passado, no governo Claudio Di Mauro, a Prefeitura desapropriou uma parte das casas ali, tirou as pessoas da beira do rio, que é a área de enchentes. Com o passar do tempo, os prefeitos que sucederam não tiveram atenção e aquela área foi ocupada. Estamos estudando uma solução para esse caso. O resto que é 97% do bairro estava em condições de ser asfaltado há 40 anos”, afirma Gustavo.
Segundo informou o prefeito, ele esteve nessa semana no bairro e conversou com os moradores. “Estamos falando de 250 metros dessa área. Posso garantir que elas não ficarão desassistidas. A gente vai encontrar uma solução, nem que seja do ponto de vista ecológico, ambiental, se não for necessariamente o asfalto, outra alternativa”, acrescenta.
Conforme o edital de contratação da empresa que está executando as obras, os trechos da Rua 19-NR, Rua 20-NR, Rua 21-NR, Rua 22-NR e também da Rua 23-NR, e da Avenida 7-NR (entre a Rua 19-NR e a Rua 22-NR, e também até a Rua 23), não poderão ser executadas devido aos dimensionamentos dos estudos hidrológicos e à cota de cheia do Rio Corumbataí.
Mesmo sendo vias públicas do Nova Rio Claro, esses trechos estão em “cotas” abaixo da cota de cheia do Rio Corumbataí, ou seja, durante o período chuvoso, ficam submersos pelas águas pluviais, segundo informa a própria Prefeitura.
A informação foi corroborada no início de abril pelo secretário Valdir Oliveira Junior, da pasta de Obras. “Por conta do alagamento, vai estourar o asfalto e atrapalhar as galerias. Se é local de alagamento, quando subir as águas vai atingir o trecho, é uma situação complicada para os moradores. A Prefeitura não tem condição de fazer manutenção o tempo todo. A periodicidade das enchentes não tem como prever, mas foi tecnicamente calculada”, finaliza.