Cerca de 5 mil passageiros que devem embarcar neste sábado (23) no cruzeiro Seaview da MSC deverão ter a carteira de vacinação checada e poderão ser vacinados no Porto de Santos, no litoral de São Paulo. A operação, que envolverá cem profissionais, está sendo preparada pela Secretaria Estadual da Saúde, prefeitura de Santos e Anvisa e ocorre após a confirmação de infecção por sarampo de 13 tripulantes do navio. Um mutirão já havia sido realizado na quarta-feira, 20, para vacinar quem estava no cruzeiro, quando foram imunizadas 8,3 mil pessoas, além de outros 5 mil que subiram a bordo. Saiba mais sobre a doença.
Nesta segunda ação, informou a secretaria, aqueles que estiverem com a carteira de vacinação desatualizada serão imunizados contra o sarampo. A vacina tríplice viral (protege contra sarampo, rubéola e caxumba) será aplicada independentemente da faixa-etária, esclareceu a pasta. “Em caráter excepcional, a dose será ofertada para crianças a partir de seis meses de idade – convencionalmente, na rotina, a primeira dose é aplicada aos doze meses. A imunização realizada em até 72 horas evita que os pacientes infectados adoeçam.”
“A vacina é feita com vírus vivo atenuado e é segura. Além dessa ação de imunização, todas as pessoas serão orientadas a procurar o serviço de saúde mais próximo em eventual mal estar ou início de sintomas, que podem incluir febre, mal estar, manchas vermelhas na pele sem coceira, entre outros”, explicou em nota a diretora de Imunização da Secretaria, Helena Sato.
O Estado de São Paulo ultrapassou a meta de vacinar 95% das crianças contra sarampo na campanha de imunização de 2018, de acordo com dados da secretaria. Foram vacinadas mais de 2,1 milhão de menores na faixa de 1 a menores de 5 anos, o que corresponde a 97% do público-alvo. Especificamente na Baixada Santista, a cobertura na campanha foi de 99,3%, detalhou a pasta
Atualmente, não há casos autóctones de sarampo em São Paulo. A circulação endêmica foi interrompida no Estado no ano 2000. “Casos esporádicos ocorreram eventualmente desde então, relacionados à importação do vírus de várias regiões do mundo onde ainda o controle da doença não foi atingido. Em 2018, por exemplo, São Paulo registra apenas três casos confirmados, sendo um importado da Ásia Ocidental e outros dois do Estado do Amazonas.”