Recente onda de calor alertou para falta de arborização, mas as remoções de árvores seguem nos projetos do município

Vista aérea de Rio Claro destaca o predomínio do concreto em boa parte da cidade, evidenciando a necessidade de ampliar as áreas verdes para melhorar a qualidade de vida e combater os efeitos das mudanças climáticas. Foto: Prefeitura Municipal de Rio Claro

Recente onda de calor alertou para falta de arborização, mas as remoções de árvores seguem nos projetos do município

No dia 21 de setembro, Dia da Árvore, comemorado em plena onda de calor, muitos moradores de Rio Claro foram às redes sociais para criticar a falta de áreas verdes na cidade. O presidente do Psol, Vinícius Rosa Rodrigues, lembrou que “Em Rio Claro, em pleno século XXI, não temos um plano de arborização. A cobertura arbórea da nossa área urbana é da ordem de 7%. Uma vergonha!”.

Para comemorar a data, a prefeitura promoveu vários plantios de mudas, algumas em parceria com a iniciativa privada. Porém, ao mesmo tempo em que aconteciam as atividades referentes à data, dois grandes projetos que estão em andamento no município realizavam a etapa de remoção de árvores, no Mercado Municipal, que passa por revitalização, e na Rua João Polastri, onde acontece reformulação. A remoção imediatamente causou protestos, tanto pelo ato em si como pela falta de informações para que a população pudesse acompanhar melhor os dois casos. Não se sabe se haverá uma transferência dessas árvores para outro local ou apenas seu corte. Aí está a dificuldade. Nos dois projetos e em outros já realizados anteriormente em que foi preciso remover árvores, há uma divulgação “protocolar” de que haverá plantio de mudas como compensação. Quantas foram plantadas? Onde? Essas árvores se desenvolveram, receberam cuidados?

Recentemente, uma outra remoção, na área de enchentes do Jardim São Paulo, provocou revolta entre moradores da vizinhança, que questionaram qual a necessidade de remover os exemplares. Seria somente para facilitar o trabalho das máquinas no local? Curiosamente, um dos plantios de mudas aconteceu neste mês na área que passou pelas obras.


Eu só gostaria de não estar na mesma cadeira que o senhor José Aldo Demarchi. O restante eu não tenho dificuldade com ninguém.

José Martins (Véio), vice-presidente do Partido Verde, a respeito das articulações para as eleições municipais do próximo ano.
José Martins (Véio), vice-presidente do Partido Verde

BOTOU NOME PRA JOGO

Mais um nome pra lista dos indicados a candidato a vice-prefeito de Gustavo Perissinotto em 2024. O atual secretário de Desenvolvimento Econômico e ex-vereador Anderson Christofoletti não quer saber de disputar vaga novamente no Legislativo, mas assume que poderia vir pras eleições caso fosse o escolhido para formar chapa com o atual prefeito. Christofoletti diz que não se trata de aversão à Câmara, as sim do seu perfil, mais voltado ao Executivo. Nesse rol dos possíveis indicados estão Maria do Carmo Guilherme (MDB), Ronald Penteado (Progressistas) e até Aldo Demarchi (que ainda não anunciou oficialmente mas será PL).

Secretário de Desenvolvimento Econômico e ex-vereador Anderson Christofoletti

Na marra

Ainda falando sobre a sucessão municipal, o vice-presidente do diretório do Partido Verde, José Martins (Véio), falou sobre as divergências na federação que une seu partido ao PT e PC do B. Lembrando que se trata de um “casamento arranjado”, Véio declarou que vai conversar com a futura direção do PT sobre a definição do nome do candidato a prefeito.

Recado

Véio fala em diálogo, mas confirmou a declaração dada anteriormente de que a federação tem três partidos, portanto, se dois se juntarem numa decisão, a maioria vai prevalecer. Como na mesma entrevista o dirigente declarou que vai muito bem o relacionamento com o PC do B, já dá para saber onde está a dificuldade. “Vamos dialogar com a instituição PT”.

Lavar a alma

Mas não são somente os partidos que estão em federações que enfrentam as divergências. No caso do MDB, a questão é interna. Boa parte dos caciques está alojada na gestão de Gustavo Perissinotto (PSD), enquanto o ex-prefeito Du Altimari segue firme no propósito de voltar à disputa pelo Executivo em 2024. Antes disso, porém, há quem garanta que haverá um “acerto de contas” sobre fatos ocorridos na eleição de 2020.

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