A ômicron, nova variante da Covid-19, já circula por Rio Claro. A confirmação veio através de um comunicado da USP de Pirassununga, que faz parte da Rede de Alertas das Variantes do SARS-CoV-2 do Instituto Butantan.
De acordo com o comunicado, a rede que realiza o monitoramento semanal das linhagens do novo coronavírus indicou que, na semana entre 2 e 8 de Janeiro, foi registrado o sequenciamento positivo de 94 amostras para variantes, sendo 91 da ômicron e 3 da delta, nas diferentes regionais de saúde do Estado de São Paulo.
Apenas na DRS de Piracicaba, na qual Rio Claro está inserida, 23 sequenciamentos confirmaram a presença da ômicron na região.
Ainda segundo o comunicado da USP Pirassununga, nove cidades da regional (Rio Claro, Araras, Cordeirópolis, Ipeúna, Piracicaba, Pirassununga, Santa Cruz da Conceição, Santa Gertrudes e São Pedro) confirmaram a presença da variante.
A prefeitura de Rio Claro foi procurada pelo JC para mais informações sobre a presença da ômicron no município, porém ainda não respondeu aos questionamentos feitos pela reportagem.
Confira abaixo material divulgado pelo Butantan sobre o aumento de casos da ômicron em São Paulo:
Casos de ômicron aumentam mais de 1000% e variante se torna predominante no estado de São Paulo, segundo Rede de Alerta
A variante ômicron se tornou predominante no estado de São Paulo, correspondendo a 90,07% das amostras positivas para a Covid-19 sequenciadas entre os dias 25/12/2021 e 1/1/2022, a 52ª semana epidemiológica do ano passado. É isso que mostra o último boletim epidemiológico da Rede de Alerta das Variantes do SARS-CoV-2, coordenada pelo Instituto Butantan e que acompanha a incidência dos casos positivos de Covid-19 e identifica as variantes mais circulantes na região.
Na 52ª semana epidemiológica, foram identificados mais 734 casos de ômicron, um salto de 1.065% ou 12 vezes mais em relação aos 63 casos detectados duas semanas antes, na 50ª semana epidemiológica (12 a 18/12), quando a variante foi detectada pela primeira vez na Rede de Alerta.
A participação da variante delta no total de amostras positivas caiu consideravelmente no estado,para apenas 5,2% das amostras positivadas,e a variante gama, para 3,6%. Todas estas cepas do SARS-CoV-2 são classificadas como variantes de preocupação (VOC –variants of concern, na sigla em inglês), consideradas mais transmissíveis e com mais risco de causar sintomas graves e mortes pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Dos 17 Departamentos Regionais de Saúde (DRS) paulistas monitorados pela Rede de Alerta,e que englobam todo o estado, em quatro apenas a ômicron foi identificada entre as amostras positivas para Covid-19 sequenciadas na 52ª semana epidemiológica:Baixada Santista, Presidente Prudente, Registro e São João da Boa Vista.
A ômicron se mostrou predominante nos DRS Grande São Paulo, correspondendo a 96,7% dos testes positivos sequenciados; na região de Araçatuba (62,5%), de Campinas (92,2%), de Marília (77,4%), de São José do Rio Preto (57,1%), além da região de Sorocaba (71,1%) e de Taubaté (94,6%).A delta se manteve predominante apenas na região do DRS Bauru.
Segundo a Rede de Alerta, a incidência do SARS-CoV-2 está em elevação em 12 dos 17 DRS (Grande São Paulo, Araçatuba, Baixada Santista, Bauru, Campinas, Marília, Presidente Prudente, Registro, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto, Sorocaba, Taubaté).
O sequenciamento genômico iniciou-se no mês de janeiro de 2021 e até a 52ª semana epidemiológica já foram analisados36.856 (3,1%) genomas completos de 1.181.753 (31,8%) casos positivos.