Outubro é o mês de conscientização sobre o câncer de mama, doença causada pela multiplicação desordenada de células da mama.
De acordo com o mastologista Daniel Buttros, a principal manifestação da doença é o nódulo. “O câncer pode ser percebido quando a mulher apalpa algo na mama que não existia antes, no caso o nódulo. Raramente ele causa dor ou apresenta sintomas”, orienta o especialista.
No entanto, o profissional ressalta que a maioria dos achados palpáveis não significa câncer de mama. O cisto é palpável, assim como o nódulo benigno. “As mulheres na fase próxima à menstruação, quando as mamas estão inchadas, sentem as mamas mais doloridas”, esclarece Dr. Buttros.
Desta forma, o mais importante é a mulher não chegar ao estágio de apalpar algo na mama. Se eventualmente ocorrer, deve procurar um médico ginecologista ou mastologista.
Por isso, orienta-se o autoexame a partir dos 20 anos de idade, um vez ao mês, sempre embaixo do chuveiro para facilitar e sentir a superfície da mama. As mulheres que menstruam, sempre ao final da menstruação; aquelas que não menstruam, uma vez por mês. Este é um procedimento mais educativo para a mulher conhecer o próprio corpo, sendo fundamental realizar a mamografia, acima dos 40 anos, anualmente.
A prevenção primária, a fim de reduzir os riscos, é seguir uma dieta saudável e realizar exercícios físicos regularmente. Já a prevenção secundária é o diagnóstico da doença precocemente, que é a mamografia.
“Quanto mais idade, maior o risco de desenvolver o câncer de mama. No Brasil, 30% dos casos diagnosticados estão abaixo de 50 anos”, completa Dr. Buttros.
O tratamento é dividido em três partes: loco regional (cirurgia mais radioterapia, mas nem sempre requer rádio ou cirurgia), sistêmico (quimioterapia) e imunológico. Para cada pessoa, o procedimento é individual.
Reconstrução da mama
Desde 2018, a Lei 13.770 garante a reconstrução da mama para vítimas de câncer pelo SUS. Segundo o cirurgião plástico Felipe Bedran, o procedimento é efetuado de forma imediata. “Na reconstrução, todo o tratamento pode ser atendido pelo Sistema Único de Saúde, com diagnóstico, cirurgia, reconstrução, fornecimento da prótese e com tempo de segurança à paciente, com acesso ao arsenal terapêutico.
“A reconstrução é feita, dentro das condições técnicas, na mesma cirurgia de retirada da mama com tumor”, explica Dr. Bedran. Caso não seja possível, a paciente é encaminhada para acompanhamento e cirurgia em momento posterior.
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Casos
A idade é um dos principais fatores de risco. Além disso, do total de casos diagnosticados de câncer de mama, 10% são genéticos
Vídeo
Confira a entrevista completa com os médicos: