Antonio Archangelo
Em entrevista ao Jornal Cidade no início do mês, o prefeito municipal Palmínio Altimari Filho, Du Altimati, cutucou o imbróglio em torno da construção de um novo prédio para abrigar o Instituto Médico Legal (IML) em Rio Claro.
No mês passado, a falta de ato oficial para que o Estado de São Paulo pudesse utilizar o terreno da “antiga quadra do Ribeiro” foi considerada uma barreira. A administração municipal foi responsabilizada pelo entrave. O governo local, por sua vez, oficializou o Estado, mas frisou que a incumbência seria do governador em revogar a cessão do lote que estaria sendo utilizado pelo município.
Para o prefeito, o Estado terá que revogar o documento. “É o governador quem deve fazer o trâmite. Sabe aquela esquina da Escola Estadual João Batista Leme? Quem assinou para que pudéssemos ampliar a rotatória? Foi o governador” disse o prefeito.
“Este projeto do IML que está discussão, na verdade ainda não existe. Até pediram para que nosso corpo de engenharia pudesse fazer o projeto, mas não tinha como. Contratar uma empresa para fazer o projeto de uma obra do Estado, nós não podemos também. Acredito que até eles contratarem, fazerem o projeto, o IML ficará para o ano que vem” comentou.
Sobre a chegada da FATEC no município, outra promessa estatual, o prefeito se mantêm confiante. “Já o projeto da Fatec está caminhando” opinou.
ELEIÇÕES
Questionado sobre se a oposição ao governo Dilma teria um projeto de mudança para oferecer ao país, Altimari aproveitou para reiterar seu apoio a aliança PT/PMDB. “Eles podem até ter projeto, mas não é o projeto do atual governo. O projeto que defendemos. Porque? Qual é o nosso projeto? É o crescimento do Brasil diminuindo a desigualdade social. Eu tenho certeza que este projeto não é o mesmo do PSDB. Eles querem crescer. Adianta as grandes empresas crescerem e o povo não? Entende a diferença? Muito dos projetos sociais que estão em andamento hoje, não acredito que o façam. O que eles fizeram? Privatizaram tudo! Não foi a Petrobras porque o povo segurou, mas já tinham mudado de Petrobras para Petrobrax, para ficar mais fácil de vender” criticou.
“Me recordo que durante a inauguração do laboratório do Pré-sal aqui na Unesp de Rio Claro falaram do Fernando Henrique e um professor disse: pelo amor de Deus. Se tivesse essa turma, não existiria laboratório do Pré-sal, não existiria nada. Na costa brasileira onde tem petróleo? Do Espirito Santo a Santa Catarina e queriam entregar tudo isso para o capital internacional. Isso estaria sendo discutido lá na França, não no Brasil. Este projeto de crescimento contra a desigualdade social eles não possuem” concluiu.