Antonio Archangelo/Coluna PolítiKa

Durante a audiência pública realizada no último dia 26, sobre o Plano de Mobilidade Urbana, o sócio-diretor da empresa Tectran Técnicos em Transporte Ltda., Eduardo Candido Coelho, ressaltou o privilégio de Rio Claro debater a criação do plano, paralelamente à revisão do Plano Diretor.

Para ele, é o plano diretor que evidenciará para onde a cidade de Rio Claro crescerá nos próximos anos e, com esta informação, organizar e planejar a mobilidade urbana do município.

Durante sua explanação, Coelho citou, com ironia, que o problema da cidade é o “excesso de sistema viário”. “A gente pega de madrugada a velocidade e chamada velocidade de fluxo livre, e vemos quantos porcento se perde com o percorrer do dia. Assim você consegue ver quais trechos ficam congestionados, como se forma o congestionamento na cidade. No caso de Rio Claro, as pessoas se espalham, igual água, igual enchente. Vira um zuê, um zuê bom. A fluidez aqui é muito boa. Nós pegamos todas as viagens do dia, podemos simulá-las. Desde o que percorre uma distância média, ao que corta toda a cidade. Pegamos uma média, e tempo de viagem, o dia inteiro. O tempo de viagem médio de Rio Claro é de 8 minutos, quando não tem ninguém. Na hora de pico, de manhã, o tempo médio de viagem é de 9 minutos. Vocês possuem um problema de excesso de sistema viário e tem a oportunidade de usar este excesso, esta sobra para fazer uma cidade muito melhor. Têm vias sobrando, tem tudo sobrando aqui”, disse ao defender a necessidade de hierarquização do sistema viário rio-clarense.

Coelho também defendeu a estruturação do transporte coletivo e a humanização do centro. Uma nova audiência pública esta programada para acontecer nos próximos meses, dando sequência ao cronograma divulgado. Pelo Plano, são definidas propostas e diretrizes, também em formato de lei, para que Rio Claro no futuro tenha uma mobilidade de melhor qualidade.