Carine Corrêa
Confusão durante a retirada de um grupo invasor de uma das casas populares do conjunto habitacional situado no bairro Jardim Maria Cristina na tarde dessa quarta-feira (24).
Pâmela Monique Fernandes Adão Gava disse à reportagem que a proprietária da casa onde estavam as duas grávidas e o companheiro de uma delas acionou a PM para retirá-los do imóvel. A casa fica situada na Avenida 18. “Ela chamou a Polícia, mas o problema é que esse pessoal não tem para onde ir. Eles estavam morando embaixo da ponte e, como a casa está desocupada, entraram nela. A proprietária não reside lá e irá alugar o imóvel, o que é proibido, até onde sabemos”, reclama Pâmela.
“Gostaríamos de esclarecer isso com a Secretaria Municipal de Habitação: pode isso, locar a casa popular? Claro que não. Ela prefere fazer uma ação ilegal do que ajudar aqueles que precisam. Isso porque as duas grávidas disseram que procurariam trabalho para poder pagar um aluguel. Ainda assim ela não aceitou”, completou. A jovem Pâmela Monique disse ainda que desaprovou a ação dos policiais na retirada dos invasores. “Eles disseram que iriam algemá-los e um policial chegou a gritar com uma das grávidas”, contou. Sobre a ação, a Polícia Militar informou que iria encaminhar uma nota sobre o caso nesta quinta-feira (25).
Já a Prefeitura de Rio Claro informou via assessoria que denúncias sobre locação de casas populares devem ser encaminhadas para a Secretaria Municipal de Habitação. “A Secretaria de Habitação esclarece que toda pessoa interessada em participar dos programas habitacionais do município deve fazer cadastro na Habitação, de segunda a sexta-feira, em horário comercial. Esclarece também que segue critérios sociais para definir os mutuários dos imóveis. E ressalta que a condição de invasor não representa privilégios para quem pretende conseguir casa própria nos programas habitacionais do município”, finalizou em nota.