Carine Corrêa
O tiroteio que aconteceu em Rio Claro, em que uma bala perdida acabou tirando a vida de Júlio Rodrigues da Silva, de 58 anos, segue em investigação pela Polícia Civil. O ataque ao prédio de padrão classe média-alta – localizado na Rua 14 com a Avenida 2 – ocorreu no dia 24 de abril. Um vídeo que circulou pelas redes sociais mostrou imagens da fuga da quadrilha, enquanto trocava tiros com a Polícia Militar.
Um dos membros da quadrilha foi identificado pela Polícia Civil. “Em tese ele está foragido. Já fizemos diligências em São Paulo, capital, mas ainda não foi encontrado”, informou o delegado seccional de Rio Claro, Álvaro Santucci Noventa Júnior. Ele ainda não descarta que a ação tenha contado com apoio de criminosos da cidade. “Alguém pode ter dado apoio no sentido de direcionar o crime para aquela região, indicando que o prédio era de alto padrão”, diz o seccional.
Quando houve o ataque, especulações apontavam que a quadrilha tinha como objetivo sequestrar a proprietária do apartamento que foi invadido pelos homens. No entanto, o delegado avalia que o crime não foi premeditado. “No meu entendimento, não foi nada direcionado àquele apartamento. Foi uma questão de oportunidade. A empregada da proprietária do edifício estava subindo naquele momento e foi abordada pela quadrilha. Provavelmente foram ao prédio no dia anterior para adquirir confiança dos funcionários”, completa o chefe da Polícia Civil.
A ação teve início por volta das 9 horas. A quadrilha, composta por seis ou sete integrantes, entrou no prédio, que fica ao lado de um supermercado daquela região. Inicialmente os ladrões abordaram dois funcionários do edifício.
Idoso baleado
Durante a entrevista que concedeu ao Jornal Cidade nessa sexta-feira (29), Noventa ainda comentou sobre o caso do idoso baleado durante uma tentativa de assalto a residência no bairro São Miguel.
O roubo aconteceu no último dia 26, dois rapazes articularam o crime horas antes em um baile funk e um deles foi preso. O comparsa foi identificado pela equipe de investigadores, mas está foragido.
O delegado reforça a importância de não se reagir em assaltos, tendo em vista a reação do aposentado nesse último caso: “A orientação é para que a vítima nunca reaja, já que está em situação desfavorável”, ressaltou.