A técnica em enfermagem Juliana Iambassi Paulino mostra o estoque de leite materno disponível no Banco da Santa Casa

Fabíola Cunha

A técnica em enfermagem Juliana Iambassi Paulino mostra o estoque de leite materno disponível no Banco da Santa Casa
A técnica em enfermagem Juliana Iambassi Paulino mostra o estoque de leite materno disponível no Banco da Santa Casa

O Banco de Leite Humano Maria Aparecida Polastri Hartung, sediado na Santa Casa de Misericórdia de Rio Claro, promove a coleta e encaminhamento do leite materno para bebês internados ali que não possam ser amamentados pelas próprias mães.

Segundo a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, o banco de Rio Claro distribuiu até julho deste ano 137 litros de leite coletados por mulheres voluntárias que, amamentando seus bebês, retiram o excedente para garantir a alimentação de bebês prematuros ou com problemas de saúde diversos. No momento, o banco está com 12 doadoras, mas a estação mais fria do ano acaba diminuindo esse número.

“Temos leite para a quantidade de bebês que estão internados, mas estamos com 50% de nossa capacidade”, explica a técnica em enfermagem Juliana Iambassi Paulino. Ela também ressalta que o banco precisa de doações de frascos que tenham corpo de vidro e tampa de plástico, como os de café solúvel e maionese. Esse material doado é lavado e cuidadosamente esterilizado, embalado a vácuo e entregue na casa das doadoras, que são orientadas sobre o procedimento de retirada e armazenamento.

Todas as semanas o serviço de coleta passa na casa das doadoras para pegar os frascos com leite previamente congelado. No banco, o leite é pasteurizado e então pode ficar estocado por até 6 meses.

Muitas mulheres sofrem com o ingurgitamento mamário, conhecido popularmente como “leite empedrado” e causado pela produção excessiva de leite, que causa grande sofrimento à mulher. Nesses casos, o Banco de Leite oferece atendimento gratuito dia e noite para a mulher, que deve comparecer à Santa Casa com RG.

Ao contrário do que muitos pensam, doar o excedente de leite não diminui a produção e não deixa o bebê com fome: “Quanto mais a mulher amamenta e retira, mais ela está estimulando sua produção de leite, então, além de ajudar o bebê que recebe aqui do banco, ela está produzindo mais para o filho”, explica Juliana.

As doadoras devem ter exames pré-natais em dia e aquelas que têm filhos com mais de seis meses de idade devem refazê-los para começar ou continuar doando. Todas as Unidades de Saúde da Família podem ser contatadas sobre doação.

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