Fabíola Cunha

O cálculo renal é causa de uma dor inesquecível, comparável, em intensidade, por exemplo, à dor do parto. Mas o que causa esse problema tão temido e o que pode ser feito para evitar a formação desses cálculos?

Segundo dados da Fundação Municipal de Saúde, informados pela assessoria de imprensa, a Santa Casa de Misericórdia de Rio Claro internou, entre janeiro e novembro do ano passado, 50 pessoas com urolitíase (nome científico do cálculo renal).

No Pronto-Atendimento do Cervezão foram atendidas 1.723 pessoas durante o ano passado devido a problemas renais, sem especificação de quantos eram cálculos.

Na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), entre novembro e janeiro, foram 113 atendimentos nas mesmas circunstâncias.

Segundo a nota da assessoria, quando chega a uma unidade de saúde, “o médico solicita exame de urina, o qual detecta o problema. Muitas vezes a dor chega a ser tanta, que o paciente acaba tendo crises de vômito. Com resultado positivo, o paciente é encaminhado ao especialista”.

Um levantamento feito pelo Centro de Referência da Saúde do Homem, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, aponta que o número de atendimentos aos pacientes com quadro de cálculo renal aumenta 30% entre os meses de janeiro e março todo ano.

O cálculo desenvolve-se quando o sal e as substâncias minerais contidas na urina formam cristais, os quais aderem-se uns aos outros crescendo em tamanho. Esses cristais usualmente são removidos do corpo pelo fluxo natural da urina, mas em certas situações aderem ao tecido renal ou localizam-se em áreas de onde não conseguem ser removidos. Estes cristais podem crescer variando desde o tamanho de um grão de arroz até o tamanho de um caroço de azeitona.

E não adianta tratar a dor da crise e não tratar a causa do cálculo. Alimentação gordurosa, rica em sal e temperos, refrigerantes, álcool e pobre em água pode levar facilmente à formação das populares pedras no rim, portanto a prevenção e reversão de um quadro favorável à formação de cálculos passa pela alimentação e hidratação.

O urologista faz o tratamento dos casos de cálculo renal e o nefrologista entra na prevenção e manutenção dos rins para que não haja cálculos renais de repetição.