Para aqueles que não dispensam o filãozinho, principalmente no café da manhã, é bom pesquisar o preço do quilo do produto, que pode variar até 85%

Adriel Arvolea

Para aqueles que não dispensam o filãozinho, principalmente no café da manhã, é bom pesquisar o preço do quilo do produto, que pode variar até 85%
Para aqueles que não dispensam o filãozinho, principalmente no café da manhã, é bom pesquisar o preço do quilo do produto, que pode variar até 85%

O consumo de pães no Brasil é de 33,5 quilos ao ano por pessoa, aponta levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip). Segundo o Instituto Tecnológico da Panificação e Confeitaria (ITPC), do consumo, 86% (30,5 kg) correspondem aos pães artesanais, dos quais 58% (cerca de 18 kg) são do tipo francês e 14% – aproximadamente 4,6 kg – de pães industrializados.

E aquele famoso verso “Quem quer pão, quem quer pão, quem quer pão; que tá quentinho; tão gostosinho” soa como um hino para aqueles que não dispensam o filãozinho, principalmente no café da manhã. No entanto, quem não abre mão do tradicional pão francês deve pesquisar preços, já que a diferença do quilo do produto pode chegar a quase 90% em Rio Claro.

Entre padarias e supermercados locais pesquisados pelo Jornal Cidade, o quilo do pão francês de 50 gramas pode custar R$ 5,89 em um estabelecimento e R$ 10,90 em outro. Variação de 85%. Apesar das diferenças, a proximidade é um fator que ‘pesa’ na hora da compra, de acordo com a consumidora Lurdes Rocha.

“Moro próxima a uma padaria, o que facilita no dia a dia. É mais prático comprar ali, mesmo que haja diferença de valor. Mas houve vezes em que achei o preço abusivo e passei a comprar em outro estabelecimento”, avalia Lurdes.

Para Antonio Carlos de Lima, barato ou caro, o mais importante é a qualidade do produto. “É certo que o produto encareceu, mas têm lugares que oferecem um preço atrativo e o pão é ruim. Diante dessa concorrência, o que vale é a fidelidade. Você compra o mesmo produto no mesmo lugar, e o barato não sai caro”, reforça o consumidor.

Trigo e dólar

Relatório de abril do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta que o pão francês ficou mais caro em 13 cidades brasileiras, seu preço ficou estável em quatro e houve redução em Goiânia (-1,33%). As maiores altas ocorreram em Belo Horizonte (6,09%), Aracaju (5,01%) e Campo Grande (2,78%).

A estabilidade foi registrada em Belém, Salvador, Vitória e Recife. Na comparação anual, o pão francês ficou mais caro em todas as capitais, sendo os maiores aumentos identificados em Campo Grande (35,13%), Porto Alegre (17,49%) e Salvador (15,84%).

Fatores

O aumento do preço do pão francês está atrelado aos baixos estoques de trigo produzido no Brasil e ao encarecimento das importações nos últimos meses, devido ao comportamento do dólar, segundo aponta o Dieese. Em 12 meses, por exemplo, o preço do pão aumentou em todas as capitais, com taxas entre 23,33% em Campo Grande e 5,05% em Aracaju.

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