O prefeito Gustavo Perissinotto (PSD) conseguiu um feito inédito nos últimos anos em Rio Claro: a emissão de um parecer favorável das contas da sua gestão na Prefeitura Municipal. A Farol JC revelou na quarta-feira (6) que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) aprovou as contas relativas ao exercício do ano de 2021, o primeiro do seu mandato. É uma novidade, visto que desde 2017 um prefeito não tinha contas aprovadas, já que naquele ano Juninho teve parecer pela aprovação, mas em 2018, 2019 e 2020 todas foram reprovadas.
Ainda ontem, em entrevista ao Grupo JC de Comunicação, Perissinotto falou do resultado positivo e classificou a aprovação sob “sangue, suor e lágrimas. Foi um desafio muito grande a gente reverter a imagem que estava formada dentro do Tribunal de Contas em relação à cidade. A paciência do TCE já havia se esgotado”, disse, referindo-se às contas rejeitadas de Juninho e também do ex-prefeito Du Altimari (MDB) em 2016.
“Estávamos preocupados com 2021, continuamos nos esforçando para que as contas de 2022 não tenham dificuldade. As ações que promovemos indicaram uma saída para o Tribunal de Contas. Pagamos um preço alto por isso. Quando assumi o problema não era só fiscal, a gente não tinha Plano Diretor em vigor, também tivemos uma pandemia. As contas são um sinal de que estamos no caminho certo”, complementa Gustavo.
O prefeito destaca o retorno do pagamento dos repasses ao Instituto de Previdência de Rio Claro, autarquia responsável pela aposentadoria dos servidores municipais – fato que teve entraves na gestão de Juninho da Padaria. “Já pagamos em três anos quase R$ 200 milhões. Fazer ajustes, aprovar contas, num cenário como nos encontrávamos [em 2021] custa popularidade. Fazer gestão não é reconhecida num curto prazo”, afirmou.
Segundo o relator-conselheiro Antonio Roque Citadini, entre outras questões, o que permitiu o parecer favorável das contas foi a destinação adequada de 99,86% dos recursos advindos do Fundeb na Educação municipal, o cumprimento dos limites com gastos de pessoal (recursos humanos) que ficaram em 43,37%, e que os serviços e ações da Saúde foram contemplados com 24,30% do produto da arrecadação de impostos e transferências constitucionais, sendo que o mínimo obrigatório era de 15%. A partir de agora, as contas seguirão para a Câmara Municipal votar.