Apenas 15 km separam Limeira de Cordeirópolis, e a proximidade fez com que a administração municipal de Cordeirópolis iniciasse uma mobilização para evitar que o número de casos de dengue aumente, já que Limeira vive epidemia.
Até terça-feira (26), segundo o prefeito Adinan Ortolan, seis casos foram registrados na cidade. Em Limeira, até essa sexta-feira, são 86 casos, dois do subtipo 2 – número que supera muito o total registrado em todo o ano passado.
“Quando a dengue chegou, e chegou forte, a Limeira, isso despertou uma preocupação nossa, porque é muito próxima a nós e o impacto é direto”, disse o prefeito em entrevista ao Jornal da Manhã, na Rádio Excelsior Jovem Pan News AM 1410 kHz.
Ortolan explicou que foi formada uma “sala de situação” com membros de diversas secretarias e, em reunião nesta semana, ficou determinado que os agentes comunitários de saúde da cidade vão se dedicar quase que exclusivamente ao combate aos criadouros do mosquito transmissor nos próximos 45 dias. A decisão ocorreu na segunda-feira (25) com o prefeito Adinan Ortolan, com a secretária de Saúde, Jordana Cassetário, e com o coordenador do Centro de Controle de Zoonoses, Hilton Lang.
“Não adianta exigir da população se não damos o exemplo”, pontua Ortolan. Para dar esse exemplo, na sexta-feira (29), durante duas horas, os órgãos públicos da cidade pararam as atividades para que fosse feito um mutirão para identificar possíveis criadouros da larva do Aedes aegypti.
No sábado (30), entre 300 e 400 pessoas visitaram os cerca de 9 mil imóveis de Cordeirópolis, a partir das 8h, com concentração em frente à Câmara Municipal.
Números nacionais
Segundo boletim divulgado na segunda-feira (25) pelo Ministério da Saúde, o Brasil já apresenta mais de 220 mil casos de dengue neste ano. No mesmo período do ano passado, janeiro a março, foram 62.904 casos, o que mostra um crescimento de 224%.
A incidência, que considera a proporção de casos em relação ao número de habitantes, tem taxa de 109,9 casos/100 mil habitantes até 16 de março deste ano. O número de óbitos pela doença também teve aumento, de 67%, sendo grande parte no Estado de São Paulo.