Vivian Guilherme
Em 2010 o prédio do Museu Amador Bueno da Veiga foi incendiado. E as restaurações começaram logo no ano seguinte, entretanto, sete anos depois, os rio-clarenses ainda aguardam pela inauguração do espaço. Apesar da demora na entrega, o restaurador Antonio Sarasá, responsável pela obra, disse que o Museu de Rio Claro é um exemplo de sucesso, visto que muitos dos prédios históricos no Brasil que foram atingidos por incêndio demoraram muito mais para que a recuperação fosse iniciada.
De acordo com Sarasá, a obra só demorou a ser concluída devido a atrasos nos pagamentos, já que os recursos vêm da União e há um trâmite extenso em todo esse processo. “Agora está 98% finalizado, faltam poucos detalhes apenas na parte externa”, disse o restaurador, que contou ainda que o desejo do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) é inaugurar o Museu ainda neste semestre, para integrar as comemorações de 80 anos do órgão.
Sarasá comentou que já houve uma conversa da empresa responsável pela restauração com a nova administração municipal. “Eles se mostraram bastante preocupados com o Museu”, informou. Quanto às obras realizadas pela mesma empresa, mas ao redor da Estação Ferroviária, o restaurador destacou que está praticamente tudo feito, restando apenas alguns detalhes na fonte, que passa por regulagem, e a casa do chefe da estação, que recebe os reparos finais.
Questionada, a administração municipal informou que está avaliando o contrato e o projeto de revitalização do Museu para verificar a situação da obra. “A equipe de governo vai se reunir com representantes da empresa responsável pelo serviço para discutir o assunto”, disse em nota.
Sobre a ocupação da casa da estação, no fim do ano passado, o ex-prefeito Du Altimari apresentou à Câmara projeto de lei para destinação do bem público à Secretaria de Assistência Social por meio do Projeto Economia Solidária. Na Câmara o projeto nº 99/2016 encontra-se em despacho para providências.