Ednéia Silva
Os professores da rede estadual de ensino, em greve desde o dia 13 de março, realizaram ato em defesa da escola pública em Rio Claro. Munidos de cartazes e carro de som, os docentes se reuniram na Praça da Liberdade para discutir a situação do ensino público. A manifestação também protestou contra a repressão e a criminalização da greve dos professores.
O professor Romário de Assis Hipólito Barros usou o microfone para explicar os motivos da greve à população. Segundo ele, a paralisação não visa apenas aumento de salário, mas sim a melhoria da qualidade do ensino público. “A grande imprensa tem focado muito na questão salarial, nos 75,33%, mas não queremos o índice para já, mas sim um plano de aumento”, disse.
Ele comenta que a pauta de reivindicação tem mais de 20 itens, entre eles a questão do fechamento de salas de aulas. Foram fechadas mais de 3.000 salas e por isso houve superlotação em algumas escolas. Outro ponto em discussão é a demissão de mais de 20 mil professores de categoria O (temporários). Esses docentes são contratados por dois anos e depois são dispensados e só podem ser recontratados após seis meses. Esse processo é chamado de duzentena e os professores querem que ele seja extinto.
Ainda existem os professores de categoria F, temporários que ganharam estabilidade, mas que não são concursados. Barros declarou ainda que os professores pedem o cumprimento da lei do piso que prevê que um terço da jornada seja destinado para a preparação das aulas. Em Rio Claro, 5% dos professores estaduais estão em greve. No estado, são 50%, segundo a Apeoesp.