A vice-prefeita Olga Salomão durante o Jornal da Manhã, da Rádio Excelsior Jovem Pan News

Ednéia Silva

As eleições municipais serão realizadas no ano que vem, mas as movimentações de partidos e candidatos já começaram. Em entrevista ao programa Jornal da Manhã da Rádio Excelsior Jovem Pan dessa terça-feira (29), a vice-prefeita Olga Lopes Salomão declarou ser candidata ao comando da prefeitura e confirmou que o PT pretende encabeçar a chapa da Frente Progressista formada por vários partidos, entre eles PT e PMDB.

Conforme ela, no encontro municipal deste ano, o PT aprovou as pré-candidaturas dela e do vereador Agnelo da Silva Matos Neto. Também ficou definido que o PT iria pleitear a cabeça da chapa, visto que nas últimas eleições apoiou o PMDB.

A vice-prefeita Olga Salomão durante o Jornal da Manhã, da Rádio Excelsior Jovem Pan News
A vice-prefeita Olga Salomão durante o Jornal da Manhã, da Rádio Excelsior Jovem Pan News

Para Olga, a inversão é normal, porque a coalizão prevê um acordo de projeto político e não de nomes, além de pressupor essa troca de partidos. A vice-prefeita afirma que o acordo no governo municipal é mais consistente que em outras esferas de governo. Ela admite que existem divergências e dificuldades, mas há maturidade para superá-las.

Olga também comentou a possibilidade de afastamento do PT e do PMDB na esfera federal e os possíveis reflexos no cenário municipal. Segundo ela, se isso acontecer, será preciso discutir muito o assunto. “Nós fizemos coalizão antes de todos, em 1994. Temos que trabalhar para superar ou cada um segue para o seu lado”, avalia.

Para ela, é preciso trabalhar para fortalecer a Frente Progressista. “Iniciamos um projeto político importante em Rio Claro. Esse bloco político conseguiu viabilizar recursos e conquistar coisas importantes, e isso tem que ser considerado. Temos que ter maturidade e respeito pelo que foi construído até hoje”, afirma. Ela destacou ainda que cumpre o acordo político firmado, mesmo quando discorda das decisões. “Eu brigo e discuto antes da decisão. Depois que se decidiu, cumpro. Posso não defender, mas cumpro.”

Olga comentou os problemas que vêm ocorrendo no Congresso e as dificuldades enfrentadas pela presidente da República, Dilma Rousseff (PT). Para ela, a crise é muito mais política do que econômica. Ela considera essa crise pior que a de 1929. “Esta também é uma crise que o sistema financeiro criou para o mundo e não podemos deixar os trabalhadores e os pobres ‘pagarem o pato’. Nós apoiamos a presidente Dilma, somos contra o impeachment e a renúncia e entendemos que ela tem que governar.” Essa posição, diz Olga, é em defesa da democracia, já que a presidente foi eleita com 54 milhões de votos.

O áudio completo com a entrevista pode ser conferido clicando aqui.

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