Folhapress
As escolas da rede pública estadual de São Paulo retomam as aulas presenciais nesta quarta-feira (14), depois que a gestão João Doria (PSDB) reclassificou o estado para a fase vermelha do Plano SP de combate à pandemia do novo coronavírus. O limite para cada unidade de ensino é de 35% do total de estudantes matriculados.
Alunos que preferirem manter o distanciamento social devem acompanhar as aulas por meio do Centro de Mídias, do governo do estado.
Segundo o secretário de estado da Educação, Rossieli Soares, as escolas irão priorizar o atendimento a alunos em situação de vulnerabilidade, como os que não contam com internet em casa, com problemas cognitivos ou de “severa defasagem”, além dos que necessitam se alimentar nas unidades de ensino. Para este último perfil, as refeições estão garantidas, independentemente se os estudantes assistirão aulas presencialmente ou pela internet.
“As perdas de aprendizagem são gigantescas. Toda a sociedade precisa olhar para isso e, especialmente, os pais, mães e responsáveis precisam ter a consciência de que recuperar esse período sem aulas presenciais será um grande desafio”, afirmou o secretário, por meio de sua assessoria de imprensa.
O governo estadual decretou no mês passado a suspensão temporária das aulas em sua rede, antecipando recessos, com o intuito de frear casos de infecções, mortes e internações decorrentes da Covid-19.
A fase emergencial, que vigorou até sexta-feira (9), primeiramente foi programada para ocorrer entre os dias 15 e 30 de março, mesmo período em que as aulas foram suspensas. Porém, com a extensão do prazo em que a medida mais restritiva foi mantida em vigor, as aulas presenciais também não foram retomadas.
A partir desta quarta, todos os estudantes devem acompanhar as aulas, diariamente, por meio do Centro de Mídias da Secretaria da Educação estadual, ou pelas TVs Educação e Univesp.
Já as redes municipal e particular estão com autonomia para realizar seus próprios planejamentos de retomada de atividades presenciais, desde que respeitem as determinações do Plano São Paulo – principalmente com relação à ocupação das unidades, com limite de 35%, além de seguir os protocolos sanitários de prevenção ao novo coronavírus.
Até a publicação deste texto, a gestão João Doria havia contabilizado 83.098 mortes e 2.648.844 casos confirmados do novo coronavírus no estado de São Paulo.