Antonio Archangelo/Coluna PolítiKa

Representantes da comunidade negra defenderam a criação de lei que garantirá reserva de vagas para negros em concursos públicos rio-clarenses. Para Diva de Paula, o projeto garantirá uma reparação para a comunidade descendente de escravos na região.

“O ideal é que daqui um tempo não se necessite deste tipo de mecanismo. Mas hoje, é preciso ter maior participação de negros em empregos públicos. A lei não dará vagas, o negro terá que passar no concurso, ele apenas garante um percentual de negros no serviço público. Não temos nenhum secretário municipal, por exemplo, negro”, citou a presidente do Conselho da Comunidade Negra.

Para a assessora de integração racial da Prefeitura de Rio Claro, Kizie de Paula, é necessário um conjunto de políticas públicas afirmativas que promovam a integração”. “O racismo existe”, alegou Kizie que também defendeu um resgate histórico da comunidade negra, trabalho que já vem sendo realizado com a capacitação de professores da rede municipal de ensino.

Para os internautas, de acordo com enquete disponível no portal JC, 89% são contrários à criação de cotas. Outros, 13% se dizem favoráveis na adoção destes mecanismos.

Tramita na Câmara Municipal, o projeto de autoria do executivo que criará a reserva para negros em vagas preenchidas via concurso público.

Já os vereadores Júlio Lopes (PP) e Dalberto Christofoletti (PDT) entraram com projeto que criará a reserva de vagas para futuros concursos realizados pela Câmara Municipal.

De acordo com o presidente da Câmara, João Zaine (PMDB), “não existe necessidade de correria na tramitação dos projetos”. “Não existe previsão de realização de concursos públicos nos próximos meses, então os projetos podem tramitar normalmente. Se os presidentes de comissão acharem necessidade, sem problemas”, disse.