Antonio Archangelo
A falta de pagamento da energia da área de uso comum do Residencial Jacarandá transformou o sonho da casa própria em pesadelo. De acordo com moradores, apenas 40 famílias de um total de 112 apartamentos estariam pagando o condomínio, o que inclui despesas com energia elétrica. Com a falta de pagamento, o condomínio teve a energia da área de uso comum “cortada” pela distribuidora de energia.
“De 112 famílias apenas 40 pagam o condomínio em dia. Cortaram a energia da área externa pois estavam atrasadas as contas, devido à maioria dos moradores não pagar o condomínio. O problema foi que a bomba da caixa d’água só funciona com energia, então todos ficaram sem água”, cita a moradora Marluci Elaine da Silva.
“Acontece que também estou sem água, sem internet e sem televisão devido à falta de energia. Fui tirar satisfação na prefeitura, pois no contrato eles fizeram reunião deixando claro que quem não pagasse o condomínio perderia o apartamento e, no entanto, quem está sendo lesada no caso sou eu e a famílias pagantes. O que me disseram na Habitação que o problema não é deles, e sim nosso. A sindico conseguiu um gerador alugado, mas isso não resolve o problema, já que só tinha dinheiro pra um dia de aluguel e estamos sem água. Eu acho que tenho meus direitos, já que minhas contas de condomínio e outras estão em dia. Só queria que fosse resolvido e não culpar esse ou aquele, mas estamos sem o mínimo de apoio. Na hora de fazer entrega de chave e falar o nome de prefeitura eles estavam lá, e agora faz três dias que estamos passando esse aperto por conta de pessoas que não estão em dia com suas prestações e ninguém toma uma atitude, como falaram que tomariam”, desabafou Marluci.
Em nota, a prefeitura alegou que “o Residencial Jacarandá tem 112 apartamentos. A conta de luz das áreas de uso comum do residencial é de responsabilidade do condomínio, ou seja, de seus moradores. E a Secretaria de Habitação lembra que, nas etapas que antecederam à entrega das chaves das unidades habitacionais aos mutuários, houve trabalho de orientação sobre como estruturar e organizar a administração de um condomínio, eleger o síndico e envolver os mutuários neste processo, em nome do bem-estar de todos os residentes. A Secretaria de Habitação foi informada na sexta-feira sobre o corte de energia nas áreas de uso comum do residencial e está acompanhando as providências que o condomínio adotará para resolver a situação”, descreve nota enviada ao Jornal Cidade.
Já a Caixa Federal explica que, “com relação ao Programa Minha Casa, Minha Vida – faixa 1, a Caixa Econômica Federal informa que é responsável pela contratação do empreendimento, acompanhamento da obra e do processo de entrega das unidades habitacionais. O poder público municipal seleciona os beneficiários e é responsável pela realização do Trabalho Social local. A Caixa ressalta que questões condominiais, como pagamento das taxas e pagamento da energia, são de responsabilidade do síndico ou administradora do residencial, e não são pertinentes ao banco”, alega.