Carine Corrêa
Passados mais de vinte dias do cumprimento da ordem de reintegração de posse sobre as casas populares do Bairro Boa Vista II, o que resta agora são os imóveis pichados, depredados e com outros sinais de vandalismo. No mesmo dia do cumprimento da ordem judicial, dia 13 de novembro, duas casas populares que integram o residencial foram incendiadas.
Questionada sobre os atos de vandalismo, a prefeitura informou que, até o momento, “não há novas denúncias de depredação nos imóveis que estão sendo construídos no Jardim Boa Vista II”. Segundo ainda a administração municipal, todos os registros de vandalismo são do período em que os imóveis estavam sendo ocupados pelos invasores. “Quem verificar atos de depredação no local ou em qualquer outro lugar deve contatar a polícia ou a Guarda Civil”, acrescentou a pasta. Sobre os cachorros, todos os animais que pertenciam aos invasores foram retirados do bairro durante a reintegração de posse.
Já a Caixa Econômica Federal reitera que, com relação aos danos provocados pelas invasões no Residencial Boa Vista II, foi estabelecido junto à construtora RPS Engenharia – responsável pela obra – um cronograma para reparos e finalização das unidades habitacionais.
A assessoria de imprensa da Caixa também comunica que a entrega das moradias necessita ainda da legalização do empreendimento e da contratação dos beneficiários selecionados pela prefeitura, que estão previstas para o primeiro semestre de 2015.
Sorteio
No dia 10 de setembro – durante o período de invasão do Conjunto Habitacional, que teve início no dia 31 de agosto – as famílias selecionadas para morar no Boa Vista II fizeram, a partir de sorteio, a escolha das unidades onde vão morar. A definição do futuro endereço de cada família aconteceu no Núcleo Administrativo Municipal (NAM) com a presença das famílias beneficiadas, representantes da prefeitura, da Caixa Federal e da empresa que realiza a obra do residencial.
Em outra oportunidade, a Secretaria Municipal de Habitação esclareceu que a seleção passa por várias etapas, que têm início no cadastro realizado pela prefeitura em cumprimento aos critérios do programa habitacional do município. “Algumas etapas desse processo, como a investigação econômico-financeira, são feitas pela Caixa”, informou a pasta, na época, via setor de comunicação.