Fabíola Cunha
Um ano com poucas chuvas e estiagem prolongada, 2014 não favoreceu o mosquito da dengue em Rio Claro. O município registrou 633 casos e o número pode variar ainda, já que o setor de saúde municipal ainda contabiliza dados do ano anterior.
Em 2013 o número de casos chegou a 1.105 e em 2012, a 222. Essa variação é uma combinação de fatores, como explica a coordenadora do Programa Municipal de Combate à Dengue, Kátia Curado Nolasco: “O ciclo da doença é normalmente a cada 4 anos, quando temos pico de casos e coincide com condições climáticas; no ano passada tivemos poucas chuvas e isso, aliado às ações de combate à dengue bastante intensas, podem ter levado à redução”.
Os bairros mais afetados em 2014 foram na região norte: Vila Indaiá, Vila Nova e Bela Vista; na região Central, Consolação, Bairro do Estádio, Cidade Jardim e mais para o fim do ano o Santa Elisa, Parque Universitário e agora Jardim Bonsucesso, Novo Wenzel e Santana: “Em cada ano a epidemia se caracteriza de forma diferente; bairros que tiveram muitos casos 2 ou 3 anos atrás nem chegam a ter confirmação”. Isso ocorre também porque a população desses bairros ainda não está imune ao tipo de vírus que está “percorrendo” a cidade.
Kátia ressalta que 80% dos criadouros de mosquitos da dengue estão em residências habitadas, ou seja, a ideia de que casas fechadas, terrenos e comércios como oficinas e galpões são os locais que mais abrigam as larvas é equivocada.
As pessoas que ainda vão viajar devem verificar seus quintais e jardins, retirando qualquer artefato que possa servir para acumular água da chuva durante a ausência.
Agentes de combate à dengue da Fundação Municipal de Saúde de Rio Claro estiveram no bairro Santana no último dia 10 para inspecionar casas que estavam fechadas durante a visitação da semana.
A Fundação Municipal de Saúde realiza trabalho de conscientização sobre a eliminação do mosquito da dengue e pede colaboração da população. O tempo seco registrado em 2014 foi extenso, mas mesmo assim a fêmea do mosquito depositou seus ovos, que passam a eclodir quando há água próxima, devido à intensificação das chuvas nesta estação.