Lucas Calore

A superação após ficar sem poder andar por três meses, depois de ter sido baleado em uma tentativa de assalto, fez com que o rio-clarense Luccas Pereira (28) buscasse junto a sua esposa, que na época era namorada, a possibilidade de trabalhar com o que mais tem paixão.

Foi assim que os jovens pesquisaram sobre o cotidiano de outros países. Por fim, mudaram-se para a Austrália, em 2012. O novo país foi escolhido para Luccas aprimorar o novo idioma e ter mais qualidade de vida.

Amor ao futebol

Desde criança apaixonado pelo esporte, Luccas chegou a competir em vários campeonatos amadores da Cidade Azul. E, mesmo de longe, está por dentro do que acontece por aqui nesta área. “Rio Claro é uma das cidades da região com o melhor futebol”, orgulha-se.

Assim como muitos intercambistas fazem, Luccas estava trabalhando em um restaurante. Começou, então, a procurar uma renda extra. De forma despretensiosa, fazia algumas horas como assistente de técnico de goleiro em Sydney.

Evolução

O talento nato do rio-clarense para o esporte foi sendo reconhecido com a chamada de vários profissionais oferecendo-lhe novas oportunidades. “Foi a partir disso que decidi me especializar e tirar certificações, pois, como em qualquer outra profissão na Austrália, para trabalhar como técnico é preciso ter vários certificados”, detalha.

Hoje, Luccas se destaca como Head Coach e Development Officer em uma respeitada academia de futebol. Seus alunos são futuros grandes jogadores, na faixa de 3 a 16 anos de idade. Nada como um bom jogador brasileiro para ensinar como se faz futebol.

“Todos os atletas brasileiros poderiam aprender um pouco com a disciplina e dedicação ao esporte que os australianos têm”, ressalta. Ele conta, ainda, que para cada idade existe um programa diferente de atividades, específico para a faixa etária.

Futuro

Sem planos de voltar ao Brasil, Luccas afirma que espera continuar sendo reconhecido na carreira e crescer a cada dia mais como treinador. “Com isto, continuar a incentivar e inspirar crianças e adolescentes a se dedicar a este esporte tão bonito que é o futebol”, diz.

No entanto, uma vez brasileiro sempre brasileiro. “Sinto saudades todos os dias do convívio com minha família, da música brasileira e de assistir a futebol aos domingos (risos)”, finaliza.