O ano de 2024 é bissexto, ou seja, o mês de fevereiro conta com o dia 29 ao invés do comum dia 28. E para o rio-clarense Vinicius Toppan Lucci, a chegada deste dia, nesta quinta-feira, é diferente. Isto por que é o dia do seu aniversário de 13 anos, ou melhor, de 52 anos. “Vou fazer 52 anos, mas se contar como data mesmo seriam 13 anos, se fosse assim seria ótimo (risos)”, brinca o vendedor à reportagem do Jornal Cidade.

Como os anos bissextos acontecem, em geral, a cada quatro anos, Vinicius comemora seu aniversário um dia antes quando não há o dia 29 no mês. “Comemoro quando não tem dia 29, sempre dia 28”, explica. A curiosidade é grande, uma vez que é bastante raro que alguém nasça neste dia, já que ele acontece somente poucas vezes.

“Na minha infância na escola entre os amigos e até hoje causa surpresa e desconfiança da data, por que é bem raro. E as pessoas perguntam se realmente sou registrado nesse dia”, comenta. O rio-clarense também se lembra que o seu “aniversário bissexto” ajudava em competições. “Quando tinha gincanas naquela espoca nas escolas me procuravam em casa, porque a prova que valia muitos pontos era levar a pessoa e o RG de quem nascia nesse dia”, recorda-se.

Ano bissexto: saiba porque existe o dia 29 de fevereiro

A órbita da Terra em torno do Sol, não é uma órbita com duração de tempo exato, pois a mesma é elíptica, e em determinadas épocas do ano a Terra tem uma maior velocidade, e em outras menor, estes seriam o periélio e o afélio, tendo seu período total T = 365,25 dias terrestres em média.

O periélio foi no dia 2 de janeiro de 2024, e o afélio será em 5 de julho de 2024, atingindo uma variação de 148 milhões de km de distância no periélio, à 152 milhões de km de distância no afélio, com isso a sua velocidade que em média é de 107 mil km/h, muda por causa da atração gravitacional que o Sol exerce sobre a Terra e os demais planetas, chegando no afélio a uma velocidade de 105 mil km/h.

“Toda essa mecânica celeste foi determinante para a elaboração dos calendários, tanto o Juliano, de antes de 1582, como o que seguimos atualmente, que é o Gregoriano, imposto a partir de 1582 pelo Papa Gregório XIII. No Juliano o ano bissexto era de 4 em 4 anos, e, por causa disso começou a ocorrer uma discrepância, e no calendário Gregoriano ficou definido que a cada 4 anos é bissexto, tirando os anos seculares (de 100 em 100 anos), e se for secular múltiplo de 400 é bissexto, como foi o ano 2000”, explica Fabrizzio Montezzo, astrônomo e professor de física.

Portanto, ano bissexto é a fração: 1/4 – 1/100 + 1/400. Que significa que todo ano divisível por 4 é bissexto, exceto os seculares, com exceção dos múltiplos de 400. O próximo ano bissexto será em 2028, e o próximo ano secular será 2100, que apesar de ser múltiplo de 4, não é múltiplo de 400, portanto não será bissexto.

Essa regra aproxima o ano trópico pelo valor de 365,2425 dias solares, dando um erro de 26 segundos a mais por ano, ou um dia a mais a cada 3323 anos. “E se chama bissexto, pois um ano tem em média 365,25 e o bissexto tem 366, com os dois seis no final, bissexto”, finaliza Fabrizzio.