Todo lixo eletroeletrônico deve ser descartado de forma correta (foto Agência Brasil)

Ednéia Silva

Com o avanço da tecnologia, é cada vez maior a quantidade de lixo eletrônico produzido pela população. O problema é que nem sempre esses resíduos são descartados corretamente, o que resulta em danos ao meio ambiente e à saúde humana. Cada pessoa tem que tomar para si a responsabilidade de dar destinação adequada ao lixo que produz.

O alerta foi feito pelo secretário-executivo do INRE (Instituto Nacional de Resíduos), Cristiano Faé Vallejo, no programa Jornal da Manhã da Rádio Excelsior Jovem Pan dessa quarta-feira (1º). De acordo com ele, os equipamentos eletroeletrônicos têm vários componentes químicos e metais pesados com alto poder de contaminação ao meio ambiente e ao ser humano.

Todo lixo eletroeletrônico deve ser descartado de forma correta (foto Agência Brasil)
Todo lixo eletroeletrônico deve ser descartado de forma correta (foto Agência Brasil)

Vallejo destacou o caso das pilhas que, após o fim da vida útil, soltam fluídos que possuem um alto poder tóxico. Os tubos de televisores têm metais contaminantes que prejudicam o ar, o solo, a água e os humanos. Para o secretário, as pessoas têm que assumir a responsabilidade de dar a destinação correta para o lixo que produzem, seja ou não eletrônico. Como exemplo, ele citou o óleo do carro. Quando efetuada a troca, é preciso refletir onde será descartado o produto usado. Segundo ele, uma só gota de óleo pode contaminar uma grande quantidade de água.

Vallejo lembrou que em 2010 o governo federal criou a política nacional de resíduos sólidos, que preconiza uma série de ações em prol do meio ambiente em diferentes segmentos. Uma delas foi determinar a extinção dos lixões, que deveriam ser convertidos em aterros sanitários. Também estabelece um sistema de logística reversa, ou seja, a retirada dos produtos após expirado seu tempo de vida útil.

O secretário explica que esses materiais são encaminhados para reciclagem e retornam ao ciclo de vida útil em outro produto. Segundo ele, o que não pode ser reciclado é enviado para os aterros sanitários para que seja feita a destinação correta. Levantamento do INRE revela que somente 2,5% do lixo eletrônico é encaminhado para os aterros, o restante é reciclado.

Vallejo esclarece que a política nacional determina que a responsabilidade pelo descarte é compartilhada por fabricantes, comerciantes e importadores, que são obrigados a aceitar de volta os produtos descartados pelos consumidores após o fim da vida útil. Em Rio Claro, existem três pontos de coleta de lixo eletroeletrônico: na Snegs Eletrônica na Av. 7, nº 208, Centro; na Eletrônica Miano na Rua 8, nº 789, Centro; e na Saere Eletrônica na Av. Visconde do Rio Claro, nº 1.302, Centro.

Esses locais somente não recebem produtos de grande volume, como ar-condicionado e geladeiras etc. As pessoas levam o “lixo” até o local, preenchem um termo de doação e depois recebem um certificado de destinação ambientalmente adequada dos resíduos.

O INRE quer padronizar as normas para manufatura reversa e capacitar novos destinadores. O assunto foi discutido no 1º Encontro Nacional dos Destinadores de Resíduos Eletroeletrônicos e parceiros do Sistema INRE de Logística Reversa realizado no dia 23 de junho em Campinas. O áudio completo com a entrevista pode ser conferido no player abaixo. Clique para ouvir!

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