Adriel Arvolea

O Estádio dos Eucaliptos de Analândia está confirmado para ser a sede da “Pequena Taça Regional” de Futebol Extra-Amador.
Felipe Altarugio, 22 anos, graduando em Jornalismo pela Unesp – Bauru, desenvolveu, juntamente com o professor orientador Dr. José Carlos Marques, o livro-reportagem ‘Uma Cidade em Azul e Vermelho – 100 anos de rivalidade entre Rio Claro e Velo’.

O projeto aborda a rivalidade entre Rio Claro e Velo Clube, instituições mais que centenárias do município. Em ordem cronológica, são apresentados fatos históricos relacionados aos dois clubes, mas sempre contados pela ótica de alguém que tenha se envolvido diretamente com o time, desde torcedores e jornalistas até jogadores, treinadores e dirigentes.

De acordo com o universitário, a narrativa valoriza o aspecto humano do futebol rio-clarense e a proximidade entre as equipes de futebol e a cidade. “Rio Claro não é de grande porte, mas conta com dois times de futebol, o que por si só já é incomum. Cada equipe tem mais de 100 anos de existência. Dessa forma, estabeleceu-se um vínculo profundo entre Rio Claro F.C., Velo Clube e a identidade cultural da comunidade”, explica Altarugio.

A pesquisa começou em novembro de 2014, quando foi protocolado e aprovado o pré-projeto pela universidade. Depois disso, foi realizada uma fase de levantamento de dados e fontes, para seleção dos temas que estariam no livro. Ao final do processo, foram mais de vinte entrevistas realizadas, além de consulta a materiais documentais. A partir da metade de março de 2015, foi encerrada a fase de coleta de informações e iniciado o processo de redação e diagramação do livro.

Altarugio acredita que o mais importante do trabalho é que, apesar da rivalidade, Rio Claro e Velo são igualmente presentes no imaginário da população e elemento fundamental na construção da identidade cultural da cidade. A paixão, inclusive, supera a razão matemática, já que os dados fornecidos pelos clubes sobre quem venceu mais dérbis, por exemplo, diferem entre si. Inclusive, o dérbi já foi apitado por um árbitro oficial da Liga Inglesa de Futebol na década de 1940, habituado a apitar partidas entre Everton e Liverpool. “No final das contas, o que realmente importa é a ligação profunda dos dois times com os torcedores e com a cidade, o lado humano que só o futebol do interior pode proporcionar”, avalia.

A atual edição tem 167 páginas. A apresentação do projeto acontece no próximo dia 6 de maio, na Unesp – Bauru. Se aprovado, o livro deve sofrer algumas adaptações e alterações para divulgação pública e, possivelmente, estará disponível para aquisição sob encomenda. Por se tratar de um trabalho acadêmico que, ainda, não foi apresentado e aprovado, não há detalhes sobre a possibilidade de viabilizá-lo ao público.

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