Cerca de 40 animais circulam pela linha férrea com trem em movimento. Maquinista teve que reduzir a velocidade e acionar a buzina para afastar os bovinos do caminho

Adriel Arvolea

Cerca de 40 animais circulam pela linha férrea com trem em movimento. Maquinista teve que reduzir a velocidade e acionar a buzina para afastar os bovinos do caminho
Cerca de 40 animais circulam pela linha férrea com trem em movimento. Maquinista teve que reduzir a velocidade e acionar a buzina para afastar os bovinos do caminho

Em 2 de janeiro de 2014, em Mogi Guaçu (SP), 12 vacas foram atropeladas por uma locomotiva quando atravessavam a linha férrea. Todos os animais morreram. O acidente aconteceu por volta das 2h, entre os bairros Santa Madalena e Jardim Selma. À época, moradores relataram que os animais pastavam próximos aos trilhos. O dono da boiada não foi localizado.

Na manhã de quinta-feira (29), por volta das 10h, em Rio Claro, uma boiada com cerca de 40 animais caminhava sobre os trilhos da linha férrea na região do Jardim Centenária-Maria Cristina. Naquele momento, um trem de carga seguia logo atrás. Como medida de segurança e para espantar os animais, o maquinista reduziu a velocidade e acionou sinal sonoro para evitar um acidente.

De acordo com moradores, esse tipo de ocorrência é comum na região. Bois e cavalos, muitas vezes, circulam livremente na área da ferrovia. “Há sítios nas imediações e até áreas de preservação que foram invadidas e abrigam esses animais. Das vezes que observo os animais na linha férrea, nunca vejo o proprietário. Avalio como irresponsabilidade por parte dos donos”, comenta Amarildo Bueno.

Conforme conta, não se recorda de acidentes envolvendo trens-animais, mas o risco é iminente. “Um trem circulando com bois à frente, nunca se sabe o que pode acontecer. É um risco à segurança da composição, bem como aos animais. Não sei o que pode ser feito, mas qualquer iniciativa deve partir dos donos dos animais”, reforça Bueno.

No município, o serviço de recolha de animais de grande porte compete à prefeitura, mas será efetivado assim houver área própria e específica, uma vez que a área inicial não foi aprovada pela Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento. “No caso de reclamação, a prefeitura desloca equipe para averiguar a denúncia, atende o animal em caso de maus-tratos e localiza o proprietário, que é orientado sobre as devidas providências”, esclarece a administração em nota.

As demandas atendidas pelo município incluem denúncias de maus-tratos, abandono de animas em via pública, orientações sobre o trato com os animais domésticos e, também, o estímulo à adoção. Mais informações: (19) 3526-7156.

Empresa

Consultada, a empresa que administra a malha férrea, América Latina Logística (ALL) não quis comentar o caso.

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