Ednéia Silva

Os funcionários dos setores de Saúde e Segurança entram em greve a partir desta terça-feira (23) em protesto contra o não pagamento das horas extras. A paralisação foi aprovada pela categoria em assembleia realizada no último dia 16.

Nessa segunda-feira (22) servidores e representantes do sindicato e da prefeitura se reuniram para discutir o problema. O encontro foi agendado pela administração municipal após o Sindmuni (Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Rio Claro) ter entregue na sexta-feira (19) a notificação de greve à prefeitura.

A reunião terminou sem acordo. Segundo Tu Reginato, presidente do Sindmuni, nenhuma proposta foi apresentada. A prefeitura apenas reiterou que não tem dinheiro e vai pagar as horas extras assim que puder. “Cerca de 30 pessoas, entre servidores das comissões de greve e diretoria do sindicato, participaram da reunião com os secretários Japyr Pimentel (Finanças), José Renato Gonçalves (Administração) e o chefe de gabinete Valtimir Ribeirão”, conta.

Na noite dessa segunda-feira (22), os servidores da Saúde e da Segurança fizeram uma manifestação em frente ao Paço Municipal. Com carro de som e megafone, eles cobravam o pagamento das horas extras. Panfletos e adesivos também foram distribuídos entre os manifestantes. De lá eles seguiram para a UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) e para o Pronto-Atendimento situado no Jardim Cervezão.

Tu Reginato informa que a partir desta terça-feira (23) grupos formados por sindicalistas e funcionários vão ficar mobilizados em frente à sede da Guarda Civil Municipal, da UPA, do PA do Cervezão e do PSMI (Pronto-Socorro Municipal Integrado). Também haverá manifestações durante as visitas de políticos à cidade.

O sindicalista conta que conseguiu falar rapidamente com o deputado Baleia Rossi nessa segunda-feira (22), durante sua visita a Rio Claro, e pediu apoio para a causa. O parlamentar disse que iria falar com o prefeito sobre o caso.

A prefeitura foi procurada para comentar o assunto, mas até o fechamento desta edição não havia se manifestado.

ÚLTIMA GREVE

Vale lembrar que o funcionalismo municipal cruzou os braços por 15 dias em maio do ano passado, por reajuste salarial. A paralisação somente foi encerrada após determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). A categoria conseguiu 7,5% de reajuste.

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