A última sessão do mês de fevereiro na Câmara Municipal ficou por vários minutos suspensa na noite dessa segunda-feira (27). Isso porque uma briga no plenário motivou uma confusão entre os vereadores. O vereador Rodrigo Guedes (União Brasil) em crítica ao colega de partido Serginho Carnevale, depois a Rafael Andreeta (sem partido), precisou ser até mesmo segurado pelos demais parlamentares diante dos ânimos exaltados. A motivação foi Valmir Pinton, secretário municipal de Agricultura, indicado pelo grupo de Rodrigo e o seu irmão, vice-prefeito Rogério Guedes.
Com cerca de 800km de estradas rurais, moradores da região rural de Rio Claro vêm sofrendo com o tráfego nas vias. A falta de manutenção suficiente tem sido motivo das reclamações dos vereadores. E é a pasta de Valmir que é responsável por esse serviço. O vereador Serginho, na sessão de ontem, levantou o assunto novamente e lembrou que articulou emenda na Lei Orçamentária de 2023 para recurso maior para essa finalidade. Rodrigo não gostou da cobrança e disse que Serginho mal sabia da quilometragem de estradas rurais da cidade.
Foi o bastante para um bate-boca. Os microfones de ambos foram cortados, mas não cessou a discussão. Após os ânimos se acalmarem, novamente a briga recomeçou com Rodrigo criticando Rafael, que também ampliou as cobranças contra Valmir. Neste momento a briga quase chegou “aos finalmentes”, quando o setor de segurança da Câmara precisou intervir ao lado de vereadores que seguraram Rodrigo e Rafael. Poucos instantes depois, ambos já calmos, deram as mãos. A sessão foi retomada.
O vereador presidente da Comissão de Administração Pública, Hernani Leonhardt (MDB), atendeu ao pedido de Serginho para convocar o secretário Valmir Pinton, da Secretaria Municipal de Agricultura, para ir prestar esclarecimentos no Poder Legislativo sobre seu trabalho. A quantidade de máquinas disponíveis para as ações necessárias bem como a mão de obra da pasta foram citadas pelos parlamentares. A situação da Estrada do Sobrado, onde 6km de recuperação está ocorrendo, foi exposta na sessão por Rafael. Júlio Lopes (PP), que articulou a obra, alegou que o trabalho foi retomado.