Em 2013, quando voltava da JMJ, que ocorreu no Brasil, o papa Francisco propôs uma reflexão de tolerância aos homossexuais (Imagem: Reprodução)

Wagner Gonçalves

Em 2013, quando voltava da JMJ, que ocorreu no Brasil, o papa Francisco propôs uma reflexão de tolerância aos homossexuais (Imagem: Reprodução)
Em 2013, quando voltava da JMJ, que ocorreu no Brasil, o papa Francisco propôs uma reflexão de tolerância aos homossexuais (Imagem: Reprodução)

Nesta segunda semana do Sínodo, que marca a conclusão do encontro dos bispos, foi divulgado um documento que propõe mais tolerância em relação aos homossexuais que participam das igrejas católicas, abordando ainda a questão da vivência.

“Os homossexuais têm dons e qualidades a oferecer à comunidade cristã: seremos capazes de acolher essas pessoas, garantindo a elas um espaço maior em nossas comunidades? Muitas vezes elas desejam encontrar uma igreja que ofereça um lar acolhedor”. O documento indaga, também, quanto a capacidade de a Igreja aceitar os homossexuais, “valorizando sua orientação sexual, sem fazer concessões na doutrina católica sobre família matrimônio”.

“Sem negar os problemas morais relacionados às uniões homossexuais, é preciso notar que há casos em que a ajuda mútua a ponto de sacrifício constitui um apoio precioso na vida dos parceiros”, descreve o documento, ressaltando ainda a necessidade de evitar termos com tons condenatórios.

Após vir ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude, no ano passado, o papa Francisco mostrou posicionamento solidário quando propôs a reflexão: “se uma pessoa é gay e busca a Deus e tem boa vontade, quem sou para julgar?”.

Padre Cândido Aparecido Mariano, coordenador dos padres da região de Rio Claro, acredita ser de fundamental importância levantar essas questões e, para isso, o Sínodo servirá como orientação para comunidades religiosas na inclusão e integralização das pessoas.

Neste sentido, quando estão envolvidas crianças adotadas por casais do mesmo sexo, ele diz ser possível o sacramento do Batismo, mas uma das recomendações é de que os padrinhos, compostos por um homem e uma mulher, tenham vivência em comunidade. “É preciso que eles contribuam para a formação religiosa da criança”, disse.

A iniciativa é atribuída como “essencial” para compreender e atrair as pessoas a viver uma vida em comunhão com o que pede a Igreja, conforme destaca o Padre Cândido: “cada caso deve ser tratado com atenção e a discussão deve orientar em como agir em tais especificidades”.

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