Manifestantes contrários e favoráveis ao texto do projeto aprovado lotaram o Plenário da Câmara Municipal de Rio Claro

Favari Filho

Manifestantes contrários e favoráveis ao texto do projeto aprovado lotaram o Plenário da Câmara Municipal de Rio Claro
Manifestantes contrários e favoráveis ao texto do projeto aprovado lotaram o Plenário da Câmara Municipal de Rio Claro

O Plano Municipal de Educação foi aprovado em segunda votação na terça-feira (23) com acréscimo de cinco emendas apresentadas pelos vereadores. O projeto segue agora para sanção do prefeito Du Altimari.

A sessão camarária contou com a presença maciça de alunos, educadores, fiéis e representantes religiosos. Após a aprovação do projeto, manifestantes levantaram cartazes com os dizeres: “Nosso PME não vale os 19 vereadores” e “Abaixo ao fundamentalismo”, ambas em referência a um possível acordo que suspeitam ter ocorrido entre os parlamentares nas duas votações mais eletrizantes do primeiro semestre.

Aprovado por onze votos, até o vereador Juninho da Padaria – que tinha abstido na primeira votação – encaminhou favorável revelando que se “debruçou sobre o projeto durante o fim de semana”.

Dalberto Christofoletti usou a Tribuna para discorrer favorável e destacou que “mesmo com todas as divergências o projeto significa um avanço para a cidade”. De acordo com o legislador, houve uma inflexão que desfavoreceu o plano, “pois não conseguimos discutir outras coisas que também eram importantes e, assim como os educadores aqui presentes, acredito que poderíamos ter avançado muito mais”, expôs o pedetista.

Agnelo Matos também discursou na Tribuna e pediu para todos os líderes de religiões e outros grupos presentes que se atentem para os demais assuntos que correspondem à Educação como, por exemplo, a questão da partilha do pré-sal.

Geraldo Voluntário lamentou que todos os seis itens relativos aos Temas Transversais (Meio Ambiente, Saúde, Pluralidade Cultural, Trabalho e Consumo, Ética e Orientação Sexual) tenham sido retirados em função de apenas um, a Orientação Sexual. Depois de encerrada a sessão, manifestantes contrários gritaram palavras de ordem como “Vereadores, que papelão, educação não é religião”; enquanto os favoráveis cantaram “Abençoa Senhor as famílias, Amém”.

EMENDAS

O vereador Júlio Lopes acrescentou emenda que visa a buscar parcerias com outras secretarias, instituições públicas ou privadas, com o objetivo de desenvolver atividades extracurriculares de incentivo e estímulo a práticas culturais, esportivas, intelectuais e de empreendedorismo. Raquel Picelli e Agnelo Matos adicionaram a emenda que cria o Fórum Permanente para promover a participação de toda a sociedade na discussão do PME de Rio Claro.

Dalberto Christofoletti apresentou a que estimula estudos para a valorização de todos os profissionais da Educação, com a finalidade de promover a formação inicial e continuada, bem como condições de trabalho e remuneração adequadas. Por fim, João Zaine apresentou duas emendas: a aditiva que estimula a relação intergeracional entre jovens e idosos, proporcionando a troca de experiência entre ambas as partes; e a modificativa que altera a redação da Estratégia 14.2, no intuito de “reduzir as taxas de reprovação e evasão, bem como a defasagem idade/ano”.

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