Adriel Arvolea
Como proteger nossas crianças e adolescentes contra as drogas? Na avaliação do advogado Adriano Marchi, presidente da Comissão de Segurança da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB – Rio Claro), a sociedade deve tratar o problema dos menores de idade e das drogas com mais responsabilidade e o poder público enfrentar, diretamente, a causa, a fim de minimizar os efeitos.
“Atualmente, há investimentos exorbitantes nos efeitos e ínfimos para fazer frente à causa. Com a estrutura familiar degradada, a crise socioeconômica, a ausência de autoridade estatal, a banalização da vida e a inércia social, no que lhes compete, as crianças estão crescendo sem regras, sem controle e sem obrigações, somente ‘direitos’, ‘direitos’ e ‘direitos’”, avalia Marchi.
Nesta ‘avalanche de hipocrisia’ – como ele define – de teorias ‘humanistas’ às avessas que faz do sistema uma balbúrdia, os pais, quando existem, estão amordaçados, a escola proibida e as crianças sujeitas ao ‘tudo pode’. “Os menores estão à mercê, precocemente, do ‘sexo, das drogas e do Rock in Roll’”, observa.
Como alternativa para a resolução do problema, é preciso retomar o controle, ou seja, a autoridade do Estado, da escola e da família, limitar os direitos e gerar obrigações às crianças, bem como o acesso além do ensino obrigatório e eficaz, oferecer opções para ocupá-las, em tempo integral, no esporte, no lazer e na cultura, para formar pessoas e gerar verdadeiros cidadãos. “No espaço ocupado pelo bem, o mal se afasta, vamos ocupar o nosso espaço”, conclui Marchi.