PAULA SPERB – PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – Suspeitos de participar do assalto a uma agência do Banco do Brasil em Criciúma (SC) na noite da última segunda-feira (30) foram presos no Rio Grande do Sul. Até o momento, oito suspeitos foram presos – sete deles naquele estado e um em Santa Catarina.
Segundo o secretário de Segurança Pública do estado, Ranolfo Vieira Júnior, nenhum dos presos é gaúcho. A maioria é do estado de São Paulo ou de outros estados, mas atuava em São Paulo.
Alguns eram considerados foragidos por outros crimes. Segundo a Polícia Civil, até o momento identificou-se que pelo menos um deles pode ter relação com uma facção criminosa de São Paulo. “Não vou citar nome de facção criminosa para não virar garoto-propaganda”, disse.
A primeiras prisões ocorreram ainda na quarta-feira (2) em São Leopoldo, na região metropolitana de Porto Alegre. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) localizou um carro do modelo HB20 e prendeu dois homens.
O veículo é considerado pela Polícia Civil como o carro “batedor” que orientou o deslocamento dos fugitivos até o Rio Grande do Sul, segundo a delegada-chefe Nadine Anflor.
Outros três suspeitos foram presos em Passo de Torres, no litoral catarinense, na quarta-feira à noite.
Na madrugada desta quinta-feira (3), um suspeito foi preso em Morrinhos do Sul, em um local onde foram encontrados indícios de participação no crime. Ele teria dito que recebera R$ 5 mil para eliminar vestígios do local.
De acordo Heloisa Helena Kuser, diretora-geral do IGP (Instituto Geral de Perícias), digitais e amostras de sangue foram coletadas no local.
Em Gramado, na serra gaúcha, a Polícia Civil localizou outros dois suspeitos na manhã desta quinta-feira. Uma casa em Gramado foi alugada por aplicativo para abrigar os suspeitos.
O envolvimento de pelo menos 30 criminosos, dez automóveis e armamento de calibre exclusivo das Forças Armadas fez com que o assalto seja considerado o maior do tipo na história de Santa Catarina.
Os criminosos atacaram o 9º Batalhão da Polícia Militar com tiros nas janelas, bloqueio na saída com um caminhão em chamas e explosão acionada por celular. “Uma ação sem precedentes”, disse o tenente-coronel Cristian Dimitri Andrade, comandante do batalhão. A ação durou cerca de duas horas.