Foto: Guilherme Gandolfi

(FOLHAPRESS) –

O isolamento social na cidade de São Paulo ficou em 49%, nesta segunda-feira (11), no primeiro dia do retorno do rodízio na capital paulista. O índice é similar ao registrado na segunda-feira anterior (4), que foi de 48%. No domingo, Dia das Mães, a taxa foi de 54%.
Na comparação com sexta-feira (8), último dia útil antes do retorno das restrições de veículos ocorreu, um aumento de 3% na taxa de distanciamento social, que era de 46%.
O índice é medido pelo governo do estado por meio de deslocamento com uso de celular. Segundo a gestão João Doria, o indicador de isolamento social ideal é de 70% para se tentar frear o aumento no número de casos de Covid-19.
O retorno do rodízio e com mais restrições foi anunciado pela Prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), como forma de aumentar o isolamento social.
Em entrevista à TV Globo nesta terça, Covas disse que esse nível de isolamento é necessário para que o atendimento hospitalar não fique saturado. “Se a gente atingir um índice de entre 55% e 60%, nós vamos liberar esse rodízio. É o índice para gente manter a curva achatada e conseguir atender todo mundo nos leitos”, declarou.
“Eu sei o quanto isso incomoda, mas os índices apontam para gente a necessidade de novas medidas”, relatou o prefeito, que voltou a pedir que as pessoas respeitem o isolamento. “A gente precisa que quem estava em casa no começo da quarentena volte a ficar em casa. Tem escritório que tinha liberado home office fazendo as pessoas irem trabalhar novamente.”
Com o megarrodízio implantado na segunda, veículos com placas final par só podem circular em dias pares. Os com placas final ímpar, estão liberados para rodar em dias ímpares. Isso, segundo Covas aumentaria a restrição de circulação de 20% para 50%.
O rodízio é válido para todos os dias da semana, inclusive sábados e domingos, e as restrições para circulação são válidas para toda a cidade, não apenas para o centro expandido, como antes.
Além disso, o horário de proibição para andar com o carro também aumentou. As restrições à circulação são válidas durante todo o dia, entre a zero hora e às 23h59.
Ficam excluídos do rodízio os mesmos casos que já estavam antes – viaturas policiais e ambulâncias, por exemplo. Além disso, todos os profissionais da saúde, entre outros, também serão liberados do rodízio.
No estado todo a taxa de isolamento, nesta segunda-feira, foi de 47,8%, segundo a gestão Doria.
São Paulo é o epicentro da pandemia de coronavírus no Brasil. Atualmente, no estado, são 47.711 casos de Covid-19 e 3.949 mortes por causa da doença. A ocupação das UTIs (Unidade de Tratamento Intensivo) nos hospitais paulistas é de 69,1% e já chega a 85,7% de ocupação de UTIs na capital paulista.
Na segunda-feira, o rodízio diminuiu o número de congestionamento na cidade, mas elevou a quantidade de pessoas utilizando o transporte público.
Usuários ouvidos pela reportagem nas zonas norte, sul e leste, enfrentaram ônibus e trens do metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) mais cheios nesta segunda-feira, primeiro dia de implantação do megarrodízio de veículos na capital.
Tanto no metrô quanto na CPTM o aumento no número de passageiros na segunda-feira ficou entre 11% e 15%.
A SPTrans, que administra o transporte coletivo por ônibus, disse que no horário de pico da manhã colocou 1.600 veículos a mais em circulação –1.000 que já estão previstos e outros 600 que estavam em bolsões próximos a terminais.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), da gestão Covas, disse que na segunda-feira o congestionamento entre 8h e 9h na capital ficou em 1 km. Na segunda anterior, quando a prefeitura implantou (e voltou atrás dois dias depois) bloqueio de veículos em ruas e avenidas, o congestionamento foi de 11 km.

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