Adriel Arvolea
Se o inverno favorece a ocorrência de problemas respiratórios, a primavera, que teve início no dia 22 de setembro, facilita a transmissão da varicela, popularmente conhecida como catapora, quando as temperaturas estão elevadas. Geralmente benigna, a doença atinge, principalmente, crianças, mas os adultos infectados com o vírus requerem cuidados especiais, sobretudo se tiverem outras doenças associadas. Altamente contagiosa, caracteriza-se pela presença de febre e vesículas (pintas vermelhas com líquido) espalhadas por todo o corpo, que evoluem para crostas, até a cicatrização.
A transmissão do vírus da catapora ocorre por contato direto, por meio da saliva ou secreções respiratórias, ou por contato com o líquido do interior das vesículas. Depois de infectado, o paciente fica imune à doença. De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica (V.E.), Ivana Freschi de Souza, a pessoa infectada deve evitar o contato com as demais. “A pessoa com varicela é orientada a afastar-se de suas atividades coletivas, escola e trabalho. Orienta-se, também, para evitar o contato com gestantes, recém-nascidos, transplantados e imunodeprimidos”, comenta Ivana.
Os infectados pelo vírus da catapora precisam ter especial atenção com as condições de higiene da pele e se alimentar bem. No caso de crianças, deve-se ainda evitar o contato com outras crianças que estejam com a doença. Uma vez doente, é preciso ter cuidado com as infecções, que podem ocorrer por causa das feridas na pele. As com baixa imunidade podem apresentar quadros mais graves da doença.
Na imunização contra a doença, a vacina é disponibilizada em caso de surto em creche (crianças menores de cinco anos). “Desde 2013, a vacina está no calendário de vacinação de rotina do Estado. Aos 12 meses, as crianças devem receber a vacina”, explica Ivana.