Fabíola Cunha
É tanto lixo e mato alto que o único jeito de passar por esses locais é atravessando a rua ou cortando pelo meio dela mesmo. São terrenos sem cerca, sem calçamento, sem poda e limpeza da vegetação que acabam sendo (mal) utilizados como depósito de móveis quebrados, entulho de construção e lixo doméstico.
Na Vila Nova, a esquina da Rua 12-A com Avenida 46-A apresenta esse cenário desolador, onde todo o entulho jogado ali é acompanhado do fedor de algum animal morto escondido.
Segundo Aparecido Mendes, há cerca de 10 dias que o cheiro está forte, mas o problema naquela esquina é bem mais antigo: “Já foram feitas várias denúncias à prefeitura, ninguém conhece o dono e são algumas pessoas da vizinhança que jogam o lixo lá”, explica. Além de tudo, há sinais de que um pequeno incêndio aconteceu no local.
A 3,5 km dali, na Avenida M-29, Jardim Floridiana, um outro terreno está abandonado, às moscas, ou melhor, aos mosquitos da dengue. Segundo moradores locais, que não quiseram se identificar, o mato promove acumulação de água, gerando mosquitos para ocupar a vizinhança inteira. Também segundo esses moradores, o proprietário não faz a manutenção do local e um dos vizinhos, já falecido, era quem voluntariamente cuidava da poda e limpeza para aliviar o sofrimento ao redor.
A partir do dia 20 de janeiro, a Prefeitura Municipal de Rio Claro vai fazer a limpeza de terrenos como esses e mandar a conta para os proprietários relapsos. Isso acontece após a administração notificar essas pessoas sobre a necessidade de limpar suas propriedades.
Em nota enviada à Redação do JC, a assessoria de imprensa informa que “terrenos particulares são de inteira responsabilidade de seus proprietários, que devem zelar pela limpeza e segurança de seus imóveis. A comunidade, por sua vez, possui toda uma gama de serviços oferecidos pela prefeitura para fazer a destinação correta de lixo e entulho”.
O calendário do cata bagulho fica disponível no site da prefeitura (www.rioclaro.sp.gov.br) e a coleta seletiva de lixo foi ampliada neste ano para 100% dos bairros, além da coleta de lixo domiciliar que ocorre também em todo o município, como informa a nota. Denúncias podem ser feitas à Sepladema, no 3522-1981.