Parte do tronco que cedeu com o temporal em fevereiro de 2014, ainda, permanece no local

Adriel Arvolea

Parte do tronco que cedeu com o temporal em fevereiro de 2014, ainda, permanece no local
Parte do tronco que cedeu com o temporal em fevereiro de 2014, ainda, permanece no local

Após a queda de parte do tronco da figueira da Praça de São Benedito, devido a um temporal em fevereiro de 2014, o material foi cortado em pedaços menores e há uma peça maior que permanece no local. A princípio, a prefeitura anunciou que a madeira seria conservada e o tronco receberia tratamento químico para sua preservação.

Ao longo da história, festejos, manifestações artísticas e religiosas aconteceram ao redor da árvore, que preserva a memória de gerações por mais de um século, considerada símbolo da comunidade negra. Por isso, a necessidade de manter vivo esse legado.

Líder do Grupo Folclórico Congada e Tambu de São Benedito Rio-clarense, José Ariovaldo recorda-se das histórias vividas embaixo da sombra da figueira. “Aquela sombra acolhedora e hospitaleira, onde meus tataravôs faziam oferendas para os orixás. Os negros e escravos faziam suas devoções, cultos e orações junto à árvore. Ali era o culto dos negros”, conta.

De acordo com a prefeitura, o tronco da árvore cortado, que permanece no chão, deverá ser retirado do local e receber tratamento químico para sua preservação, bem como uma parte dos galhos retirados da Praça São Benedito, por ocasião da queda da velha figueira, que atualmente se encontram depositados na área da antiga estação ferroviária.

“Entidades da comunidade negra foram consultadas pela Secretaria de Cultura e devem se manifestar sobre sugestões do que fazer com os galhos a serem tratados, uma vez que o material tem grande valor histórico e religioso para essas pessoas”, esclarece. A prefeitura, também, busca parceria com empresa especializada para a realização do tratamento necessário à preservação dos galhos e tronco.

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