A professora Maíra de Carvalho Cazato esteve em Veneza durante o último dia de carnaval e conta que tudo estava tranquilo na cidade italiana, embora algumas pessoas estivessem usando máscara. “Passei a maior parte dos dias em Roma e no último dia de carnaval fui para Veneza, tudo estava tranquilo, sem pânico e as pessoas estavam calmas. Em Veneza encontrei algumas pessoas de máscara, mas sem pânico. Onde vi mais pessoas usando a proteção foi mesmo no aeroporto”, conta.
A turista fala ainda que pegou um voo de Roma para o Marrocos e, após desembarcar, passou por diversos procedimentos. “Quem vinha da Itália era separado, mediam a temperatura, respondemos a um questionário e escanearam o nosso rosto, aí sim éramos liberados. Na volta para o Brasil, o que tivemos de recomendação foi dentro do avião, por parte do piloto, que pediu para que, se alguém apresentasse qualquer sintoma dentro de 14 dias, procurasse uma unidade de saúde”, disse a professora.
Instabilidade interna
Embora para os turistas a estrutura e o clima de boas-vindas para os turistas ainda não tenham sido gravemente afetadas, como avaliou a professora Maíra, entre a população italiana o avanço do coronavírus estaria criando situações de temor, xenofobia e até uso político, acirrando conflitos. No ranking dos países com maior número de casos da doença, a Itália ocupa o quarto lugar, atrás da China, Coreia do Sul e Japão.
Números
País mais afetado pelo coronavírus na Europa, a Itália tem 21 mortes e 821 casos da doença, segundo balanço dessa sexta-feira.