O Jornal Cidade foi procurado por uma moradora do bairro Jardim São Paulo que ainda chora a morte do cão de estimação que ocorreu no último sábado (17). Mike era um Yorkshire de 12 anos e acabou atacado por um outro cão, porém de grande porte. A forma como tudo aconteceu deixou a tutora Rute Ferreira da Silva de Moraes indignada e com medo, e por isso ela registrou um boletim de ocorrência.

“Existe um homem, inclusive que já identifiquei e está citado no boletim de ocorrência, que passa diariamente aqui na frente da minha casa e consequentemente pelas casas aqui do bairro levando cachorros de grande porte na coleira e sem focinheira. Ele costuma passar sempre bem rente aos portões e em outras oportunidades e por ver que os cachorros dele são bem ferozes eu já o tinha alertado sobre o perigo de ataques, porém ele não deu nenhuma importância”, conta Rute.

No último sábado, ela, que além do cachorrinho da raça Yorkshire tem uma filha de três anos, estava descarregando as compras do carro, com o portão da residência fechado, quando o ataque aconteceu: “Eu estava na cozinha e, como eu havia acabado de chegar, o meu cachorrinho estava no quintal, com o portão fechado, o que é normal. Porém, o meu portão tem grades e esse homem veio com os cachorros rente ao portão e um deles arrancou por entre as grades o meu Yorkshire e o matou. Esse homem então simplesmente tirou o Mike da boca do cachorro dele e o largou sem vida na frente da minha casa, como se fosse um lixo, um pedaço de comida, e saiu andando tranquilamente. Por sorte câmeras de segurança filmaram tudo e uma testemunha que passava de bicicleta no momento e viu toda a cena tocou a minha campainha e me avisou dos fatos. Quando eu abri o portão encontrei o Mike jogado na calçada. Foi uma cena chocante”, relembra.

Rute quis tornar o caso público até mesmo como um alerta, pois ela afirma que outros ataques podem vir a ocorrer: “Ali poderia ser a minha filha no portão. Aquele cachorro ao invés de atacar o meu cachorro poderia ter atacado, machucado ou até matado uma criança. O que me assusta é que essa cena pode se repetir na rua. Os cachorros não são os culpados, o culpado é o irresponsável do tutor que não toma os devidos cuidados”.

Quando o cachorro deve usar focinheira em lugares públicos?

De acordo com a Lei nº 11.531, de 11 de novembro de 2003, a condução de cães das raças Mastim Napolitano, Pit Bull, Rottweiller, American Stafforshire Terrier e raças derivadas ou variações que vão passear em centros de compras ou demais locais fechados, porém de acesso público, eventos, passeatas ou concentrações públicas, devem usar coleira, guia curta de condução (máximo de 2 metros de comprimento), enforcador e focinheira.

Lei Federal nº 2.140, de 2011: “Os cães de raças notoriamente violentas e perigosas só podem ser levados aos parques, praças ou vias públicas, onde ocorra a presença de crianças ou pessoas indefesas, com a utilização de coleira, guia curta de condução, enforcador e focinheira. Entende-se por cães de raças notoriamente violentas e perigosas aquelas cujos antecedentes registram ataques com danos ou riscos às pessoas, os cães de guarda treinados para ataque, ou aqueles que pelo grande porte e comportamento possam colocar em risco a segurança das pessoas”.

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