A Europa enfrenta a segunda onda de Covid-19, com recordes diários de novos casos da doença. Alemanha, França e Portugal, por exemplo, voltaram a adotar medidas de confinamento contra o avanço do coronavírus em seus territórios.

No Brasil, indicadores da saúde apontam a diminuição de internações provocadas pelo novo coronavírus, de infecções e mortes. Conforme análise do Grupo de Trabalho (GT) de Monitoramento Covid-19 da Unesp Rio Claro, comparando com a evolução da pandemia na Europa, nosso país não chegou ao final da primeira onda ainda.

“Por lá, o número de casos aumentou em março, despencou em junho e manteve-se baixo até setembro. No Brasil, os números ainda estão desacelerando, sem ainda ter estabilizado, com número de casos ainda altos”, explica o professor e pesquisador Dr. Eduardo Kokubun.

O que ocorreu no Brasil no meio do ano é uma imagem invertida da Europa: diminui por lá, cresce por aqui, estabiliza baixinho lá e alto por aqui, aumenta lá e diminui aqui. “Se o espelho continuar, o Brasil terá baixos números de casos e mortes pela Covid-19 por algum tempo: talvez até o ano novo, ou quem sabe até o próximo carnaval. Contudo, esses mesmos grandes eventos no calendário representam ameaças, tanto quanto a segunda onda na Europa”, avalia o pesquisador do GT.

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