O vereador Serginho Carnevale, hoje no PSD, foi entrevistado no programa Farol JC. Na oportunidade, falou sobre a mudança do partido após deixar o União Brasil, os trabalhos na Câmara Municipal e opinou sobre a futura disputa eleitoral junto ao prefeito Gustavo Perissinotto (PSD). Ainda, falou o que pensa sobre Rogério Guedes (PL). A entrevista completa está no vídeo acima.

Como avalia esse primeiro mandato?

Apesar de ter uma herança genética, meu pai Sérgio Carnevale foi vereador quatro vezes, posso assegurar que não é fácil a função de vereador. Eu me tornei vice-presidente da Câmara, foi uma das articulações mais bonitas da história recente, creio eu, da política local. Foi uma eleição que foi mudada em uma semana, de dois votos para 15 votos. Mostra que graças a Deus sou bem recebido e bem respeitado.

Criei a Comissão dos Direitos da Mulher, era uma necessidade. Criei até para a Carol assumir a Comissão, é a única mulher vereadora. Acho justo. Não criei para presidir, mas estou presidindo agora. Tenho tido uma pauta atuante em várias demandas que o rio-clarense historicamente sempre pediu. O resumo que faço em termos pessoais é ter ouvido recentemente do meu pai, que construiu uma história na Câmara, de que eu – exageradamente, coisa de pai – estou trilhando o caminho melhor que o dele. É uma alegria.

(…) Uma coisa que fico feliz foi a questão do banco de sangue da Santa Casa, que iria afetar a todos nós. Por quatro longas semanas eu subia na tribuna, com rupturas ou não, pouco me importa, o fato é que a gente teria uma carnificina silenciosa aqui em Rio Claro. Acidentes de trânsito dependeríamos de uma ligação da Santa Casa para o hemograma da Unicamp, que já estava com seu núcleo no talo. Quando reabriu (em Rio Claro) fui doar e vi a cara de alegria de todos que estavam lá trabalhando.

O que aconteceu para sair do União Brasil?

O Gustavo foi muito sincero com relação ao partido. Me fez um convite formal e foi muito claro, mostrou que realmente eu seria um nome importante para o partido. No meu partido até então (União Brasil) eu não fui convidado a ficar. Você não vai ficar num lugar em que não é bem quisto. Educadamente redigi uma carta de desfiliação, não era interessante, ainda que me respeitassem muito, me dou muito bem com o Rodrigo Guedes, não tenho nenhum tipo de problema de conversa com Rogério, mas senti que não era o local. Eu senti que não seria mais um no PSD, seria um cara importante.

Vai ser possível eleger 4 vereadores no PSD?

Depende, eleição é muito complicada. É surpreendente. Você não sabe o que vem, então acho que estou na briga, assim como os demais no partido. Salvo o Paulo Guedes que tem sempre uma votação muito expressiva, a maioria dos que estão hoje na Câmara, eu incluindo, ninguém entrou só pelos próprios votos, mas pela somatória do partido. É muito variável.

Você criticava Gustavo quando era necessário…

Eu fui um dos primeiros a subir na tribuna e falar em 2022 que o Gustavo estava derretendo. Muito se falava dos secretários, fui lá e falei do Gustavo. Isso é uma coisa que ele aprecia na minha pessoa. Ele sabe que sou justo, sincero. Procuro avaliar da forma mais correta.

Como avalia a pré-candidatura de Rogério Guedes?

Ele está dentro do jogo dele, teve o legítimo desejo de ser candidato. Está colocando o nome dele à prova. Ele vai encontrar seu discurso. Em algum momento achei que ele teve dificuldade em encontrar o próprio discurso. Quando eram obras boas, ele falava que estava dentro, quando era coisa ruim, estava fora. Ele vai se ajustar neste discurso. Está dentro do normal. Se ele vencer as eleições vai encontrar um ambiente bem melhor que ele próprio encontrou como vice-prefeito quando eleito em 2020.

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